Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Desde 2008 - 716.000 visualizações em todo o mundo. Diário pessoal aberto, onde se pode ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, vislumbrar reflexões psicológicas, sociais e até pessoais.

http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Desde 2008 - 716.000 visualizações em todo o mundo. Diário pessoal aberto, onde se pode ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, vislumbrar reflexões psicológicas, sociais e até pessoais.

Até quando se sofre por amor... (não correspondido)?

21.02.10, RodrihMC

Renascer - óleo sobre tela 2007 - 60 x 60 cm - Fernanda Martins

 

 

Sinceramente eu também gostaria muito de saber. Sim, porque estou por demais desgastado, feio e sem muita energia boa para compartilhar com as pessoas realmente boas que conheci a pouco.

 

É muito sofrível sofrer uma dor que atinge em cheio o fígado, depois os rins e em seguida o coração. O timo vai pro espaço e todo o corpo se definha de tal maneira que me olhar no espelho é uma auto-ofensa pessoal.

 

Mas por mais que eu já tenha lido inúmeros textos de ajuda, freqüentado ou sei lá prestado muita atenção em anciãos de quantas e tantas doutrinas de fé, crença e filosofia estou próximo a me tornar um C-3PO (o robô dourado de Guerra nas Estrelas) quando raramente saio para andar por Brasília e "retransformar" no Mestre Yoda quando me escondo no minúsculo quitinete onde passei a me ocultar desde que todo meu universo de amor desmoronou.

 

Reflexão é o que mais ando fazendo ultimamente e já nem me importo mais se o mundo lá fora está seguindo à risca das previsões dos antigos Maias, se já estamos em 2012 ou se estou vivendo dentro de um Cubo do qual não mais consigo escapar ( Título: Cube Ano de Produção:1997 Gênero: Horror psicológico Duração: 90 min Diretor: Vicenzo Natali.

 

Eu li a pouco o texto deliciosamente bem elaborado postado no blog da (...bom, como não a conheço e por isso não tenho intimidade vou referi-la com sutileza... vai que ela é lutadora de kickboxing e de sofrimento já bastam o amor e o casamento destruídos), enfim, da graciosa e inteligentíssima Elenita Rodrigues.

 

O texto de seu blog está aqui (Amor não correspondido e agora) e de fato tudo o que está lá faz sentido e serve de estímulo para se pensar e agir.

 

Entretanto penso que a graciosa púbere tem o que eu não tenho e é isso que muitas vezes faz a diferença na vida de uma pessoa. Essa energia e tanta vitalidade - não que eu nunca tive, aliás, eu sempre fui intenso e de uma energia produzida por reatores atômicos, mas os anos passam e as pancadas que se leva ao longo do caminho vão remodelando nossas atitudes, redefinindo as escolhas e bombardeando o coração.

 

Certamente que o desgaste da longa estrada da vida não são só causados por desilusões amorosas, mas por um conjunto de desilusões que fazem pessoas como eu, isto é, altamente sem resistência às perdas arriar as velas e deixar outros ventos passarem para longe. O que estou dizendo é que tal texto até consegue fazer com que eu, meio C-3PO, meio Yoda sinta no fundo do fundo uma vontade, um suspiro de querer levantar a cabeça, sacudir a poeira (no meu caso seria descascar-me da lama que secou por todo meu corpo) e seguir em frente como se tudo fosse simplesmente aceitável e as mágoas fossem como os sonhos, que hoje são, mas daqui algumas horas caem no esquecimento.

 

Não, infelizmente não é assim. Envolve muito mais que o sofrimento da perda, da mágoa, da dor, da angústia e da tristeza. Este sofrimento rouba a fé, estraçalha a esperança e decepa a auto-estima.

 

Eu quero ser feliz, mas já nem sei se quero mesmo.

Eu quero amar e ser amado, mas já nem sei se quero mesmo.

Eu quero voltar a dar risadas como há dez anos, mas já nem sei se quero mesmo.

 

Considere, para visualizar meu pensamento, que o conflito cintila em cor azul neon e a angústia cintila em cor magenta, então digo que há um conflito pulsante que se mescla com a angústia dentro de meus pensamentos e sentimentos que me lançam para dentro de um tribunal de julgamento donde sou o réu sendo julgado pelo juiz que sou eu também. Sou eu me acusando e me defendendo simultaneamente pelos dissabores que dei e recebi em meu casamento, na empresa e até na vida social. Como o filme com Kevin Spacey em "O Psicólogo - O Doutor está fora..." (Shink), ora estou na condição do doutor, ora na condição de seus pacientes, ora em nenhuma condição, ou seja, conflitos que geram angústias o tempo todo.

 

Então agora você entende a profundidade do que estou dizendo? É disso que falo. Deveras que aos 30 anos, isto é, a nove anos eu estava extremamente o oposto do que estou atualmente, mas é que há quase dez anos eu não tinha apanhado tanto da vida como apanhei aos 38 anos. De bom conselheiro do amor e do comportamento resiliente humano que eu era, agora não ouso nem mesmo encaminhar a carta da Elenita para quem quer que esteja precisando dela neste momento. Não agora, não é meu momento. Será que estou errado mesmo assim?

 

Tenho 39 anos e me sinto com 93, mas já nem sei se tenho 39 mesmo.

 

Quando você perde o chão por amor desgraçadamente destruído, vão-se os projetos de vida, os sonhos, as metas e tudo o que girava em torno da graciosidade que era a vida. Digam todos que é depressão, talvez tédio, há quem diga que é a síndrome do pânico, não importa, quando somos nós o alvo do tomahawk das desilusões tudo muda, até nosso modo de ver e viver a vida.

 

A minha micro-esperança é que de alguma maneira (que não sei como será) isso será superado e a companhia de uma pessoa super para cima, porém paciente e zelosa será a mola-mestra que me arrebatará para o universo das delícias de uma maturidade forte, resiliente e capacitada absurda, e tudo o que tem consumido meu cérebro e meus cabelos da cabeça se tornará fraco o suficiente para nunca mais me atormentar.

 

Mas isso.. hunf... eu também nem sei se acontecerá.

 

No mais fica aqui meu agradecimento pelo carinhoso convite de Tita, a boa alma que postou um comentário em minha ostra fechada e me trouxe o belíssimo texto postado no blog da Elenita Rodrigues.

 

Para essas pessoas de Luz um abraço e borboletas em suas janelas para sempre!

 

mvr.Rodrigo

 

 

Relaxe exercitando o cérebro!

21.02.10, RodrihMC

Depois de um dia intenso e desgastante, sentar à frente de uma tevê é como usar um entorpecente para o cérebro, que junto com suas pernas e todo o corpo também resolve se encostar - o que não é bom, para isso existe o sono, quando o corpo dorme o cérebro pode relaxar e dormir também. 

 

Experimente mudar a estratégia de descanso com seu cérebro e verá quão surpreendente se torna o sono e o descanso enquanto dorme. O cérebro é realmente uma máquina eletromagnética, que precisa estar produzindo energia constantemente, apesar que, enquanto você dorme, o cérebro continua produzindo toda a energia que faz os seus órgãos funcionarem, a corrente sanguínea, bulbos capilares, secreções e regulagem de temperatura do corpo, mas isso é o de menos para essa máquina de última geração universal, pois o gasto de energia é muito baixo, o que permite que o cérebro realmente descanse e "durma" com todo o seu corpo.

 

Na verdade, o corpo - assim como o cérebro, também não dorme literalmente, ele está em constante funcionamento, só que enquanto o cérebro desliga a seção do seu racional, o corpo trabalha em baixa freqüência e intensidade. 

 

Quanto mais o seu dia for intenso e estressante, mas recomendável é que você descanse seu cérebro exercitando-o. Se você parar sua freqüência rapidamente, como faz ao sentar-se e assistir tevê, o cérebro sofre uma parada brusca de produção de energia e começa a contagem regressiva para voltar a funcionar a todo vapor. É por isso que o sono acaba sendo de baixa qualidade, já que o cérebro adulto precisa de pelo menos 8 horas de descanso, ou baixa freqüência de funcionamento. 

 

Então quando você dá início logo cedo para o cérebro parar junto com seu corpo, ele começa a contagem a partir de então e pelo menos oito horas depois o cérebro começa a retomar suas atividades, o que pode comprometer a qualidade de vida, pois enquanto o corpo está, digamos, na sua 6ª hora de sono, faltando 2 horas para terminar de se recompor, o cérebro - que foi posto a descansar antes da hora do corpo dormir começa a dar seus primeiros sinais com maiores pulsos de energia fabricados.

 

Uma das atividades que poderá ser interessante é tomar o hábito de curtir palavras cruzadas, raciocínio lógico ou games. A quantidade desse tipo de entretenimento varia conforme o prazer que se tira enquanto se executa tais atividades. Se seu prazer de jogar um game durar 30 minutos, ótimo. Se o prazer de fazer palavras cruzadas durar 10 minutos, ótimo também. O importante é permitir que o cérebro desenvolva tais atividades para "gastar o resto" de energia que o mesmo possui em sua massa cinzenta. 

 

Causando a fadiga mental conseqüentemente seu cérebro estará pronto para descansar junto com o seu corpo e não se adiantar tanto para voltar à atividade eletromagnética.

 


Fonte: Opinião e experiência pessoais.

 

Game divertido e interessante de entretenimento para o cérebro:

 

 

No momento estou: CONTEMPLATIVO

15.02.10, RodrihMC

TERREMOTOS

Dizem que passado o terremoto de Lisboa (1755),
o Rei perguntou ao General o que
se havia de fazer.
Ele respondeu ao Rei:
'Sepultar os mortos,
cuidar dos vivos e fechar os portos
'.

Essa resposta simples,
franca e direta tem muito
a nos ensinar.

Muitas vezes temos em nossa vida
'terremotos' avassaladores,
o que fazer?
Exatamente o que disse o General:
'Sepultar os mortos,
cuidar dos vivos e fechar os portos
'.

 



E o que isso quer dizer para a nossa vida?

Sepultar os mortos significa que não adianta
ficar reclamando e chorando o passado.
É preciso 'sepultar' o passado.
Colocá-lo debaixo da terra.
Isso significa 'esquecer' o passado.
Enterrar os mortos.

Cuidar dos vivos significa que,
depois de enterrar o passado,
em seguida temos que cuidar do presente.
Cuidar do que ficou vivo.
Cuidar do que sobrou.
Cuidar do que realmente existe.

Fazer o que tiver que ser feito para
salvar o que restou do terremoto.

Fechar os portos significa não deixar as
'portas' abertas para que novos
problemas possam surgir ou
'vir de fora' enquanto estamos
cuidando e salvando o que restou
do terremoto de nossa vida.
Significa concentrar-se na reconstrução,
no novo.

É assim que a história nos ensina.
Por isso a história é 'a mestra da vida'.
Portanto,
quando você enfrentar um terremoto,
não se esqueça:
enterre os mortos,
cuide dos vivos e feche os portos

 


 

Muitas vezes o caminho que surge a nossa frente não é o

Mais conveniente mas é o melhor

 

 

              Minha irmã caçula enviou-me uma reflexão

              e ela tem muita razão... agora tenho eu que
              decidir  enterrar  dos  meus  mortos, cuidar

              dos vivos que sou eu e minha família  e  de

              fechar os portos enquanto me restauro.

 

              Minha irmã enviou-me algo num  momento

              importante para eu parar de sofrer sentado

              e abraçado aos mortos, que se deterioram

              no meu colo.

No momento estou: CONTEMPLATIVO

03.02.10, RodrihMC

Compreendendo as reações à minha maneira

 

 

Tenho notado o quanto o ser humano só pode contar com ele mesmo, caso pretenda superar suas limitações e tristezas.

 

Noto que parece existir em nosso cérebro três setores de atividade mental, no que se refere ao comportamento humano. São setores que entram em funcionamento quando o anterior não é ativado. A não ativação pode ocorrer por estímulos externos ou mesmo por internos e estímulos nem sempre merecem a significância de algo positivo.

 

Então tomo como princípio o primeiro setor mental do comportamento pessoal chamado de Setor Emocional.

 

O setor emocional é o primeiro a se manifestar na reação de um acontecimento. Geralmente costuma levar a situação para um lado apelativo e destrutivo. É quando a pessoa reage sem pensar, por pura emoção e atenta somente para atrair e prender a atenção alheia. Dependendo do estímulo externo, este setor é acionado automaticamente, podendo ser moderado ou exaltado. Se moderado, poderá ser imobilizado para que outro setor ou outros setores sejam acionados, a fim de proporcionar melhor resultado e desfecho.

 

Uma vez que o Setor Emocional é imobilizado ou mesmo não for acionado, um outro setor mental mais apurado se abre, como defino o Setor Racional.

 

O setor racional é o segundo a se manifestar na reação de um acontecimento. Geralmente costuma levar a situação para uma resposta coerente, fria e calculista. É a razão ou raciocínio que propicia uma defesa radical e de efeito instantâneo. Trata-se de uma maneira em que o cérebro reage a um estímulo perigoso, donde uma atitude emocional desestruturaria toda a harmonia psico-corporal do indivíduo. Então agir na razão detonaria seu auto-amor, entretanto preservaria a harmonia geral (corpo, mente e comportamento).

 

Finalmente o Setor Intelectual que seria acionado caso os dois setores mentais anteriores não se enquadrassem para administrar o quadro comportamental da pessoa. Esse setor seria o responsável pelas tomadas de decisões coerentes e inteligentes. Está desprovido de emoções e de raciocínios, porque simplesmente age com base na sua estrutura intelectual, essência do caráter e da conduta de resiliência.

 

É a reação que toma decisões claras e objetivas, sem pestanejar nem duvidar de sua capacidade. Então o indivíduo sabe que tem que agir assim, mas não precisa entender todo o procedimento nem antever os resultados, simplesmente sabe que o caminho a ser percorrido é este. Dessa maneira o corpo sofre o mínimo possível, o cérebro pode descansar sobre as atitudes acionadas pelo intelecto e a mente renova o oxigênio com base na confiança em si mesma de solucionar os problemas a médio e longo prazos.

 

Neste setor intelectual temos dois fatores importantes que se tornam essenciais como moderadores da razão e da emoção, que são o fator auto-policiamento e a projeção saudável. O auto-policiamento é aquele que policia, vigia a mente intelectual e ainda mantém a mente emocional e racional sob controle e manutenção. É a voz que diz "-Calma! Você está no caminho certo..." ou "-Vá deitar-se! Amanhã você pensa melhor sobre esse medo que está sentindo agora..." ou  "- Não tenha pressa! Acalme-se! Não entre em pânico, eu estou aqui com você e não vou abandoná-lo, confie em mim...". Muito embora o emocional tenha sua parcela de participação nesses momentos, porque se tornam necessárias dosagens químicas neurais da sensação ilusória, isto é, a fragrância perfumada de um resultado projetado a médio e longo prazos, para que o intelecto possa desenvolver seu plano sem muita interferência do racional, que seria como a voz que dissesse: "- Minha situação é deplorável! Não vai adiantar ter calma!" ou "- Estou ciente que tudo isso é bobagem e que minha vida está o caos, estou tentando me ludibriar, eu próprio, a mim mesmo, como se isso adiantasse alguma coisa..." Assim, com o controle, o intelectual ganha tempo, deixa que o tempo cure algumas feridas e conserva a mente saudável sem ferí-la nem ludibriá-la, preparando-a para um momento propício de ação.

 

Constantemente o setor racional tem sido minha mais proeminente reação, entretanto tenho permitido que o setor emocional tomasse a frente muitas vezes. Mas o setor intelectual tem sido esquecido, talvez porque nesses momentos que atravesso ainda não tinha entendido os três setores mentais de controle comportamental em mim. Sabendo agora da importância tal qual o setor intelectual proporciona ao meu cérebro e ao meu corpo, podendo ser estendido ao meu espírito, também venho abrindo espaços para que o setor intelectual se manifestasse e finalmente passasse a administrar toda a situação. Como agora que ouço de mim mesmo: "-Calma, Rodrigo... calma... entrar em pânico agora não é inteligente... tenha calma, mantenha sua calma, pois as coisas vão se endireitar...", por exemplo.