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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Desde 2008 - 716.000 visualizações em todo o mundo. Diário pessoal aberto, onde se pode ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, vislumbrar reflexões psicológicas, sociais e até pessoais.

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Educação e fascínio da fama

29.01.14, Rodrigo Caldeira

 

 

 


 

Por: Frei Betto

 

Revestir uma pessoa de fama precoce é correr o risco de destruí-la. Nem para os adultos é fácil lidar com perdas. Todos nós construímos uma auto-imagem, adornada por funções, posses, talentos e relações familiares e sociais. Basta um desses aspectos ficar arranhado para irromper a insegurança.

Por isso o desemprego, que aumenta com as políticas neoliberais, é tão humilhante. Perdem-se a identidade social, a qualidade de vida, a segurança quanto à sobrevivência da família. Já reparou quando lhe apresentam a uma pessoa? Não é suficiente saber-lhe o nome. Há curiosidade em conhecer o que ela faz, em que trabalha. (Diz a piada que, em São Paulo, pergunta-se em que a pessoa trabalha, para saber quanto ganha. Em Minas, qual o sobrenome, para saber se é de boa família. E, no Rio, o melhor é não perguntar nada, para não dar confusão.)

A falta de emprego é como o chão que se abre sob os pés. Entra-se em depressão. Porque emprego significa salário que, por sua vez, representa a possibilidade de aluguel, alimentação, saúde, educação etc.

Há pais que nutrem nos filhos falsos ideais: destacar-se como modelo numa passarela, tornar-se desportista de projeção, alcançar a fama como atriz ou ator. O sonho congela-se em ambição e a criança passa a dar-se uma importância ilusória. Ainda que alcance dois minutos de fama, como dizia Andy Warhowl, os tempos de vazio na platéia são infinitamente maiores que os momentos de aplausos.

O adolescente mergulha no estresse de corresponder à expectativa. Tem de provar a si e aos outros que é capaz, o melhor ou a mais charmosa e inteligente. Passa então a viver não em função dos valores que possui, mas do olhar do outro. Convencido de que é o supremo - e incapaz de enfrentar o desmoronamento de seu castelo de areia -, ele recorre ao sonho químico, à viagem onírica, ao embalo das drogas.

A família, perplexa, se pergunta: como foi possível? Logo ele, tão inteligente! Foi possível porque a família confundiu brilhantismo com segurança. Considerou-o um adulto precoce. Exigiu vôo de quem ainda não tinha asas crescidas. Deixou de dar-lhe atenção, colo, carinho. Os diálogos em casa passaram à instância da mera funcionalidade: mesada, compras, viagens, problemas escolares, pequenas exigências da administração do cotidiano.

A construção da personalidade é um jogo de relações e comparações, arte mimética de abraçar como modelo aquele que merece a nossa admiração. Hoje, as figuras paradigmáticas não se destacam pelo altruísmo dos ícones religiosos (Jesus, Maria, José, Francisco de Assis etc.) ou de personalidades como Gandhi, Luther King, Che Guevara e Teresa de Calcutá. A estética do consumo rejeita a ética dos valores.

Famílias e escolas deveriam educar seus alunos para lidar com perdas. Afinal, morrem não só pessoas, mas também sonhos, projetos, possibilidades. A mídia deveria dar destaque a pessoas altruístas. Contudo, como esperar que se enfatize a solidariedade num mundo regido pela competitividade? Como falar de modéstia em tempos de exibicionismo? Como valorizar a partilha se tudo gira em torno da lógica da acumulação?

As drogas não se transformaram na peste do século só por culpa do narcotráfico. Elas são uma quimérica tábua de salvação nessa sociedade que relativiza todos os valores e carnavaliza até a tragédia humana. Não se culpe, indagando onde você errou, como professor ou pai. Pergunte-se pelos valores da sociedade em que vive. E o que faz para mudá-los.

Agora todo mundo é incendiário no Brasil!

18.01.14, Rodrigo Caldeira

O Brasil é realmente um país de "tapa-buracos"! Ao invés de fazer uma pista com material de qualidade, faz-se com materiais ruins para terem que iniciar os programas de "tapa-buracos". Ora, se já é sabido que serão feitas essas operações, que só pioram a qualidade do asfalto e danificam os veículos, por que não fazem a coisa bem feita logo?

Assim reclamo da postura imperativa de proibição de compra de combustíveis avulsos. Será que está faltando inteligência para a segurança pública ou será que falta bom senso mesmo? Por causa da ação de meliantes incendiários de índios, carros e ônibus, ações isoladas e de minoria, nós que temos outras utilidades com o combustível avulso ficamos no prejuízo absoluto.
Hoje fui comprar, com dois galões plásticos de 5L cada, gasolina e álcool (avulsos), mas me deparei com um frentista me dizendo que não pode mais fornecer combustíveis avulsos, porque está proibido. Oras bolas, então vou ter que trazer a roçadeira e a podadeira à gasolina e óleo 2 tempos para abastecer 500ml no posto de combustíveis? Vou ter que preparar o detergente caseiro no próprio posto? Vou ter que ficar com um trator Tobata, do tamanho de um cortador de gramas de 2HP na fila do posto para abastecê-lo com 3L de gasolina? Mas como fazer isso se as rodas são de arado??? Vou arar o piso do posto também? E se o carro acabar a gasolina, sei lá, por azar mesmo, vou deixar o veículo lá na pista e guinchá-lo até um posto para abastecer?
Por favor, me digam que isso é uma brincadeira de muito mal gosto do Governo ou de algum desocupado engravatado, que não tem noção nenhuma sobre controle, porque se for verdade essa proibição entramos na era ditatorial de um governo falido e desesperado.
Vamos ter filas de caseiros com roçadeiras nos postos?
Bandido, meliante e toda corja de vagabundo incendiário não precisa só de combustível para botar fogo, será que a Secretaria de Segurança Pública acha que eles são tão limitados? Acorda Brasil!