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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Desde 2008 - 716.000 visualizações em todo o mundo. Diário pessoal aberto, onde se pode ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, vislumbrar reflexões psicológicas, sociais e até pessoais.

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48 horas

29.07.16, Rodrigo Caldeira

Veja. Olhe para fora da janela dos seus olhos e veja. Percebe? O que enxerga? Olha o tamanho desse mundo, é imenso, não tem fim. O que vê? É muita informação. Olhe quantos seres vivos habitam o ecossistema, dos parasitas aos insetos, das aves aos plânctons nos oceanos, dos peixes aos cães. E nós, humanos. Há problemas por todos os lados. Vê? Dos parasitas aos cães, todos têm que lutar para a sobrevivência. Veja, entenda, nada batalha a própria aniquilação. É pela vida que se vive. Não importa como a porra da vida está, simplesmente viva. O que você tem que fazer para ficar vivo, faça! Não é tirando outra vida que a sua será garantida e não é perdendo a sua, que fará os seus problemas se resolverem. Você entendeu. Autocídio é o suicídio. Se matar pra quê? Seus problemas não serão resolvidos assim, simplesmente porque a ideia de se matar é gerar um novo problema para resolver, como se já não tivesse outros tantos e maiores. Escute. A merda da sua vida não significa nada pra merda de ninguém à sua volta, então se matar é uma merda de idéia e sua vida não se acaba assim. Nem pense que você irá para o inferno, porque você não vai. Sei lá pra onde você irá, só sei que seus olhos se fecharão e tudo ficará escuro. Sei porque é óbvio. Sua pele se enrugará de tanto frio e umidade e tudo que está dentro de você ficará podre. Então, se a sua consciência estiver intacta será o momento que você irá pensar: "Que porra de merda que eu fiz? Tô aqui dentro da merda de um caixão, numa escuridão escrota, tudo tá frio e úmido, e não faz 48 horas, e encontrei a porra da solução dos meus problemas". Sim, você terá feito uma grande merda pra não sentir o desconforto de alguns problemas, que a porra da sua mente encontrou uma boa saída 48 horas depois. E agora? Sua carne será consumida nesse escuro maldito, sua boca linda e gostosa de beijar estará azulada, sei lá, esverdeada, seu hálito num fedor desgraçado, seus dentes apodrecendo porque você não pensou em se dar um tempo por 48 horas. Enterrado nesse escuro solitário, em que as únicas coisas que sua mente ouvirá será o ranger das raízes abrindo a terra por debaixo da grama e os vermes se rastejando sobre sua pele para dentro de seus buracos. O que fazer depois de 48 horas que terá percebido a merda que você fez? Não se iluda, ninguém virá te dar uma segunda chance. A morte não tem graça nenhuma. O sorvete de baunilha com chocolate que você poderia estar tomando, o abraço a qualquer filho da puta que quisesse te abraçar, o barulho do vento ou o sabor da água fresca na boca seca nunca mais conseguirá ter pra você, porque teve a imbecilidade de uma cabeça cheia de merda de cometer o autocício. 48 horas é o tempo que você tem que esperar antes de tirar a própria vida. Faça tudo o que puder para valer a pena seus últimos momentos de vida.Mas se, de repente, estiver interessante sentir a vida no seu respirar, na boca cheia de saliva, no sono que sentir, então faça o que puder fazer para sair do meio em que está vivendo. Foda-se se acharem ruim. Foda-se se disserem que você é filho da puta, suma desse lugar, porque melhor do que estar morto e prisioneiro de um caixão meia-boca sob a terra, é deixar tudo pra trás e ir para outra cidade, outro estado ou país. Se vira se não tem dinheiro pra passagem, caminhe, pegue carona, afinal estará se dando uma deliciosa sensação nova de sentir o vento na cara, uma oportunidade diferente de tentar de novo. Pega o rumo, não se chateie, simplesmente vá embora, até porque você já ia embora mesmo, só que agora você continuará respirando e poderá encontrar respostas durante sua caminhada. Não há nada pior do que perder a própria vida, então perca os amigos, os familiares, o emprego, a namorada ou seja lá quem for. Apenas deixe o recado alto e claro: "Fui e não me espere pro jantar". Ou qualquer coisa que essa sua mente confusa queira escrever, só não sacaneie a pessoa que vai ler fazendo-a sentir seu desprezo e sua ignorância. Simplesmente saia deixando a sua vida ruim pra trás. Então vaze e caminhe sem parar. Melhor do que estar morto, é estar vivendo e buscando o autoconhecimento. Não se mate acreditando que a mão carinhosa de Deus virá em sua misericórdia, nem se iluda de que o capeta irá te levar pra longe. Você só ficará num lugar apertado, frio, úmido e fétido, sem poder se mexer nunca mais. Acredite nas 48 horas e se afaste à pé de onde você está vivendo, só não se meta em lugares perigosos, pois poderá encontrar com a morte por lá, o que será extremamente desagradável pra você. 

Observe a pessoa com quem se envolve... (respondido)

26.07.16, Rodrigo Caldeira

harém.jpgHarém, luxo e amigos... 

Sílvia a 26 de Julho de 2016 às 13:38
Em: Aos homens misóginos, a desesperança!
 
Estou pasma!!! Estou, melhor, estive 7 anos com um homem exatamente com esse perfil. Quando bebê foi adotado por uma família de etinia diferente. Hoje ele tem 38 anos, divorciado e estilista. Faz total questão de ter um harém e se vangloriar disso. Ostenta sem poder sustentar seu luxo com carros que nem pode pagar seguro e manutenção. Não luta por uma independência e futuro dignos. Rodeado de milhares de amigos de todas as classes sociais. Teve a audácia de largar sua esposa sozinha no hospital no dia de sua alta após uma internação de uma semana. Essas revelações foram declaradas pela irmã e mãe dele, das quais jogaram a toalha por não mais ter forças para possíveis soluções do desvio de condutas. Flagrei esse homem na cama com outra e, mesmo assim, disse que sou era a culpada por ir atrás dele sem prévio aviso. Tem mais, engravidou uma moça que sofre de leucemia e faz total descaso do estado dela. Fiquei sabendo de tudo na noite do flagrante onde amigos me passaram os infelizes fatos. Faço terapia há anos e por conta disso minha superação tem sido tranquila. Após o flagrante dei fortes pancadas no capô do carro dele com uma vassoura de madeira, mas foi uma ação de impulso sem planejar. Isso acarretou a ira dele. Enfim, o melhor é jamais contactá-lo e evitar ao máximo um encontro ou diálogo por tel. Muito bom eu ter lido essa consideração sobre misóginos.
 
Respondendo à Sílvia:
Obrigado por compartilhar sua experiência aqui neste blog e quanto mais acreditamos que já vimos de tudo, ainda conseguem nos surpreender. Você disse um detalhe curioso e que é a marca registrada de todas as mulheres que convivem com misóginos: sentir culpa por algo impossível de ter. Você se sentiu culpada de flagrá-lo com outra mulher na cama, quando na verdade você estava tendo sua dignidade, sua reputação e sua honra violadas. É como se sentir culpa de ter saído com o relógio de pulso falsificado e deixado o Rollex em casa na hora do assalto. Outro detalhe importante: Foi criado por outra família e como se não bastasse era de etnia diferente, o que pode ter causado aí - dependendo da maneira como ele foi criado - diversos traumas de convívio com a mãe e talvez com as irmãs principalmente. Fazer terapias é importante, porém não por tanto tempo assim, isto é, tire férias vez outra de ir na terapia para que possa saber o quanto você tem capacidade de superar e ver os monstros menores e inofensivos. Então, de vez em quando renuncie à bengala! Você se considere recém-solteira, e não separada, porque agora você se libertou, agora você enxerga o nada que esse cidadão representa e sempre representou para você, e siga em frente, melhore o que precisar ser melhorado em você fisicamente, tome sol, pegue uma cor, para começar a melhorar psicologicamente. Viva o melhor da sua liberdade, permita-se à uma nova experiência de vida, premita-se atravessar caminhos de outras pessoas e que elas também atravessem o seu, até porque ninguém se cruza por acaso. Boa sorte, e procure falar menos sobre isso para que não saibam de suas feridas e possam usar você mais facilmente e enquanto o amor não vem, cuide de você!
 

A mulher que ama o misógino

25.07.16, Rodrigo Caldeira

sado.jpg
 Há um certo quê masoquista na mulher que ama um misógino.

Antes de entender o que estou propondo nessa reflexão é preciso saber o que significa a palavra misoginia. Depois de ter conhecido a respeito disso e provavelmente até ter lido os comentários riquíssimos de detalhes (e muito interessantes), já se pode imaginar que esses tipos de homens são os vilões da história. Haja visto que em parte são sim, homens que não tiveram um bom relacionamento com suas mães e como reflexo descontam em suas companheiras todo ódio contido na matre criação. Só que não é bem assim. Observei nos muitos comentários que estão postados e nos e-mails ou mensagens de whatsapp que há muitas mulheres que sentem um certo prazer de estimular ou viver a misoginia de seus companheiros. De uma certa maneira, ainda que se sintam mal e sofridas há um certo conforto em se sentirem amordaçadas pela ignorância e açoitadas pela estupidez destes. É como se vivendo isso elas se sentissem percebidas, ainda que dessa maneira, mas recebessem a atenção de seus loucos e ogros amados. Não são todas, é claro, mas há uma quantidade considerável de mulheres que patrocinam, nutrem e despertam o ato agressivo e ignorante, humilhante e frustrante dos misóginos. É como se elas precisassem disso para se sentirem importantes para alguém. Tudo está ligado ao fator sexual proposto pelo misógino, que por ser um ogro, geralmente manda bem no domínio na cama. Algumas suportam pela condição financeira e social destes e se submetem a situações humilhantes. Há aquelas que viraram o mundo de ponta cabeça para o sujeito se estabilizar financeira e socialmente na vida, então o sujeito vendo que é bom ter dinheiro e status passa a minar a autoestima de sua companheira, tirando dela a fé em si mesma de superar obstáculos, cortando-lhe expectativas de sucesso profissional. O misógino é um tipo de ser orrendo que não deseja a felicidade alheia, tampouco a independência, justamente porque é um fraco e sabe que a companheira tem mais capacidade do que ele, então ele já ataca antes mesmo que ela perceba seu potencial. E mesmo assim há aquelas que acreditam que podem mudar o comportamento do misógino, se infiltram em seu seio familiar, se arriscam se expondo sobremaneira a pessoas que elas nem conhecem direito, como seus familiares que, certamente, escondem seus segredos. Essas mulheres deveriam se amar mais, se respeitar mais e tentarem nova vida longe desses loucos, mas não adianta falar, elas não ouvirão jamais tal coisa e só se mexerão quando a situação estiver totalmente fora do controle. Daí e então, já será tarde demais e o procedimento de libertação se torna praticamente inacessível. Portanto, mulheres que acreditam que misoginia tem cura, se depois de lerem os meus posts, lerem os depoimentos e ainda disserem que acreditam na cura do misógino é porque vocês realmente precisam chegar até o fundo do poço. Só assim para aprenderem a se amar e a se respeitar.

 

 Mais sobre o tema:

A mente não mente
Tropeços femininos
Aos homens misóginos, a desesperança
Sentimentos perdidos
Viciados na solidão
Ex é misógino e me persegue

Passado

24.07.16, Rodrigo Caldeira

 

madeira queimada ame mais.jpg

Dizem que o passado está gravado, mas não está. É fumaça, presa num lugar fechado, girando, mudando de forma o tempo todo. Torturada pelo passar dos anos não realizados, mas mesmo que nossa percepção mude, uma coisa permanece constante: o passado nunca pode ser completamente apagado, ele perdura, como odor de madeira queimada. O passado vai mudando de cara cada vez que amadurecemos, vai mudando de tamanho cada vez que esquecemos sua origem e vai mudando de força cada vez que nos tornamos mais fortes. Quem diz que não podemos mudar o passado está enganado, porque o passado se transforma do mesmo jeito que o futuro também. E tudo está no presente esse poder magnífico de recriação das coisas. Você pode mudar o passado e afetar o futuro ao mesmo tempo no momento presente. Nunca conseguirá voltar ao passado e jamais conseguirá se adiantar no futuro, mas poderá mudá-los ao mesmo tempo. São as escolhas que faz hoje que mudará o formato do passado, que refletirá nos acontecimentos do futuro. No passado pode ter sentimento de vingança, mas se no presente você escolher não se vingar estará tornando esse sentimento do passado morrer e um novo sentimento no futuro nascer. Ao se arrepender de algo que tenha feito no passado o tornará tão mais leve, que fará que seu futuro seja corrigido em paz. Quanto mais você acumula dores no passado, mais colherá dores no futuro fazendo escolhas erradas no presente. Você nunca conseguirá apagar o passado, ele existe para que você possa se libertar de alguma forma no presente, e fazer alguma coisa por si no futuro, tudo simultaneamente. Cada vez que penso no meu passado não me orgulho de nada, então no meu presente diário procuro tornar o passado menor e mais fraco. Bem verdade que às vezes não consigo fazer isso, e o passado faz o meu futuro ficar com o mesmo cheiro de madeira queimada, então passo a ter dois passados, sendo um pelo o que foi feito de ruim por mim, e o outro pelas escolhas ruins que fiz no presente. Quem faz escolhas ruins no presente está aumentando o poder de destruição do futuro no passado que fica marcado. Se você está se envolvendo com alguém que torna seu presente prejudicial como um vício, saiba que nesse presente você estará escolhendo tornar seu passado um monstro que irá devorar você no futuro um pouco mais à frente. Então não cultive escolhas ruins, não detone seu futuro colecionando passados inférteis, inúteis e arriscados. Seja seu próprio presente para seu futuro recriando seu passado.

Reinventar-se é Preciso! (respondido)

22.07.16, Rodrigo Caldeira

Por: Andre a 22 de Julho de 2016 às 12:01

Caro Andre, estou seguindo a vertente de responder alguns comentários já gerando um novo post, pois apesar que os comentários são importantes, muitas pessoas deixam passar despercebidos que lá há conteúdos muito interessantes. Sendo assim, há um tempo tenho respondido em post aberto.

Ola meu nome é Andre e meu caso é quase um dos seus, estou com minha esposa a 16 anos e agora estou passando por um momento que esta tornando freqüente , na hora h broxo simplesmente porque eu fico pensando que ela vai ficar puta ( e realmente fica) achando que não tenho mais interesse, e dai so pioram as coisas.Eu ja falei pra ela uma vez mais ela é tao ciumenta que acha que não tenho interesse nela e que estou de olho em outras, e isso acaba me deixando mais nervoso ainda. E quando eu tento pensar eu outra coisa o corpo começa a ficar gelado e ai meu amigo tchau., O que posso fazer pra reverter isso? eu amo ela e fico muito triste de pensar que ela pode arrumar outro so por causa disso.
Respondendo:

Caro André, obrigado por visitar o blog e compartilhar aqui a sua experiência. A resposta que tenho para você será a que você possa estar esperando e, certamente, não esteja percebendo. Isto é, reinvente-se, meu amigo, e reinvente a transa de vocês. Pensa só comigo, se você está há 16 anos tendo sexo com uma mulher sem inventar moda, ousar, fazer algo diferente, realmente você vai brochar, justamente porque o homem é visual. Se os olhos não compram a ideia, o pau não responde e não corresponde às expectativas. Se a sua mulher está deixando a desejar como a gata que você queria ter na cama, chega na real e diz o que você precisa ter vindo da parte dela. Já que ela é ciumenta, então ela irá chiar no começo, mas vai ficar grilada com o que você pediu, ou seja, por exemplo, você gostaria que ela ficasse com a barriguinha mais sequinha, ou que aquelas madeixas que você via na época de namoro era muito excitantes, enfim, você vai passar a real pra ela. Também inove, se torne um cara mais 'porra-louca' do tipo que desenha no corpo da sua mulher. Isso mesmo, pegue canetinhas hidrocolor e treine desenhos do tipo tatuagens como hello kitty, corações, tribais, heras, flores, estrelas etc. Isso deixará você em contato e atenção com os detalhes da pele e do corpo dela, daí o tesão vem nos dois, porque gera expectativas. Noutra ocasião use tinta guache e faça uma obra de arte no corpo dela, use pincel e as pontas dos dedos. Fotografe e guarde usando o programa "camouflage" (se não conseguir me peça que te envio e te ensino como camuflar as fotos íntimas de vocês dois). E que se dane o lençol, não esqueça que você virou porra-louca e o lençol é só um tecido que vai pra máquina de lavar depois. Faça obras de arte com chocolate, chantilly, enfim busque dar aos seus olhos o estímulo que fará você ficar com tesão de devorar a patroa. Deixe ela encabulada, se perguntando se você é normal. Mulher gosta disso, de ser surpreendida. Mas também não exagere, seja PL com estilo e tenha limites, a menos que ela compre a ideia e daí o limite já era. Outra coisa que é importante fazer: Se reinvente fisicamente, tenha atividade física, porque isso aumenta o fluxo sanguíneo e com certeza irrigará melhor seu mecanismo sexual. Convido que dê uma olhadinha neste post e veja se tem algo que você possa aproveitar (http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt/como-frequentar-moteis-sem-brochar-137581). 

Boa sorte e depois volte aqui para validar as dicas, ok?!
Sucesso!
 

 

Ninguém se cruza por acaso

20.07.16, Rodrigo Caldeira

Por que as pessoas entram na sua vida? Pessoas entram na sua vida por uma "razão"...é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, lhe fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que elas estejam lá, então sem nenhuma atitude errada de sua parte ou em uma hora inconveniente esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim, às vezes essas pessoas morrem, às vezes elas simplesmente se vão, às vezes elas agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos, e o trabalho delas feito. As suas orações foram atendidas e agora é tempo de ir. Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "estação" é porque chegou a sua vez de dividir, crescer e aprender, elas trazem para você a experiência da paz ou fazem você sorrir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez, elas geralmente te dão uma quantidade enorme de prazer, acredite, é real! Mas somente por uma estação. Relacionamentos de uma "vida inteira" te ensinam lições para a vida inteira, coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar essa pessoa e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. O que fazer quando uma pessoa que entrou na sua vida, de repente sai dela sem ter se envolvido com você, quer tenha sido porque você nutria um sentimento limerente por ela e acabou tomando decisões precipitadas, quer você estava confortável com a situação e ela tomou uma decisão de repente?! Nada! Simplesmente foque na sua vida, já aconteceu e não acontecerá novamente. Leve-a no coração, mas não dê todos os espaços dele, senão uma gaveta ou uma caixinha dentro de uma gaveta pequenininha. Nesse espaço estarão todos os ensinamentos, todas as experiências, os valores e todos os aprendizados que lhe darão impulso para tocar em frente. A sua energia sensorial precisa avançar terras desconhecidas, tanto seu gênio caçador, quanto o pensador, o filósofo dentro de si precisam ser postos a prova no dia a dia. Não será nada fácil, mas se torna necessário e importante. Poderá aprender com os erros pelas lições que se distraiu e não aprendeu. Isso terá muito valor. Emane toda energia de gratidão e reconhecimento para quem surgiu em sua vida e já partiu ou está partindo, porque certamente essa pessoa precisará. São raras as pessoas de tal sensibilidade no mundo, que percebem suas necessidades urgentes, que surgem do nada e desaparecem sem deixar rastros, que entram na sua vida e fazem um terremoto de modificações, transformam seus conceitos, enriquecem suas experiências e fazem você realmente ser o seu melhor em si. Assim funciona o mecanismo do mundo, estamos todos conectados e se estivermos preparados saberemos gozar o melhor da vida, mas se não estivermos poderemos ter o azar de aprender isso com pessoas envenenadas e invejosas, que nos farão cair, tropeçar, perder a vontade de viver, ou então poderemos ter a sorte maravilhosa de conhecer esses anjos que do nada surgem, por nada nos fortalecem e sem nos cobrar nada desaparecem. A energia vital do planeta nos reserva essas surpresas, nos brinda com pessoas criadas simplesmente para nos empoderar e nos deixar melhores do que estávamos. Aproveite o máximo dessas pessoas e as deixe livres para seguir em frente. Da mesma forma que você ganhará sempre alguma coisa extraordinária, essas pessoas ganharão a alegria de ter o seu melhor em primeira mão para elas. Bem justo!

Fonte: Desconhecido/Adaptado por Rodrigo Caldeira

Aquário

13.07.16, Rodrigo Caldeira

Desde muito tempo venho debatendo em mim e, principalmente, por ter sentido na pele o efeito "Aquário" nas relações que tive. Quando você vive dentro de um aquário sua privacidade e sua intimidade estão vulneráveis. Você não tem a menor chance de se proteger dos olhares e dos julgamentos alheios, que, muitas vezes, são de pessoas que querem saber da sua vida simplesmente para enxergar o quão estagnado e frustrado você se encontra. É uma forma de conseguir viver vingativamente bem, mesmo que esse sentimento seja inconsciente na pessoa. Tal fato se vê valer nos programas de tevê em que pessoas se expõe o tempo todo. Uma coisa é o produto que vende audiência para uma emissora de televisão, outra coisa é a sua vida no meio que vive. Se expor na TV pode lhe render complicações maiores, é claro, mas pode esclarecer coisas ocultas, e até render dinheiro ou fama. Entretanto, na sua vida particular você não contará com terceiros para contar sua história minuciosamente, nem para abafar seus deslizes, tampouco para justificar suas justificativas. A pessoa que vive uma vida dentro de um aquário está fadada a ser pega de surpresa sempre. Ontem conheci uma pessoa muito interessante, de uma inteligência marcante e uma compreensão dicotômica de si mesma, a Karen, que durante um discreto diálogo em que a prendia durante um atendimento, temendo prejudicá-la em seu trabalho, sobre uma expressão do coaching de que deveríamos parar de falar se quiséssemos encontrar o equilíbrio em nós. Discordei, como ela, de tal afirmação, até porque todos sabemos que falando não implodimos em nossos pensamentos. Mas isso não tem a ver diretamente com o aquário que vivemos. É preciso saber para quem falamos, para quem abrimos o peito e mostramos como o coração pulsa. Bem verdade que se fizermos isso para quaisquer pessoas estaremos correndo sérios riscos de julgamentos ou mesmo de prepararmos o inimigo para nos golpear no ponto mais fraco de nossas defesas. Não são todas as pessoas que julgamos ser interessantes, que nos julgam interessantes também. Geralmente e justamente o par que escolhemos ter é a pessoa a quem não deveríamos nos abrir tanto, enquanto não víssemos sua intimidade visceral antes. Falamos sobre isso também, sobre o retorno das coisas, os feedbacks. E aqui no blog eu tenho me exposto sobremaneira, numa busca frenética de aceitação. Uma aceitação de mim comigo mesmo. Há poucos dias postei um texto, uma reflexão em que eu anunciava uma libertação depois de tanto tempo aprisionado numa angústia, por um episódio que travou minha vida. Depois de conversar com a Karen senti que me expunha demais no post e não via a hora de retirá-lo do ar. Quem leu, leu... quem não leu, certamente lerá, mas revisto, cuidadosamente reestruturado, porque é minha missão sair do aquário, também não quero entrar num caixote, tampouco numa ostra. Quero liberdade. Ontem, na paz de um diálogo contido, ainda que prazerozo senti, pela primeira vez, vontade de andar pelo condomínio do apartamento que evitei sequer olhá-lo de longe por longos oito anos. Foi lá em que minha tragédia de vida começou e senti vontade de regressar, enfrentar o fantasma que lá ficou. Isso eu posso dizer aqui, pois há uma diferença entre me expor e contar um pouco da minha experiência, a menos que fosse uma carta para uma pessoa em que eu conhecesse pessoalmente e/ou confiasse imensamente, o que não seria o caso, pois o meu blog é visto em todas as localidades do mundo, por mais de 300 mil pessoas e meus textos são para os fortes, já que não são curtos e às vezes são complexos para compreensão, muito embora sejam profundos, cultos. Depois que mergulhei no escuro vale do medo e da dúvida, da culpa e da impotência pós casamento em 2008 sucumbi por oito anos de reflexões e uma busca incansável por entendimento do que aconteceu. Foram oito anos perdidos em que poderia ter feito muitas coisas, até mesmo me reerguido social e economicamente. E nesse ínterim abandonei tudo o que possuia, direta ou indiretamente, e com isso me expus perigosamente. Na ocasião morava sozinho no meu apartamento e onde eu era incrivelmente feliz. Tinha tudo sob controle e podia viver uma vida maravilhosa se não tivesse me dado de bandeja para uma estranha. De fato, ela entrou na minha vida e enferrujou todo o meu futuro. Existem pessoas que são assim, enferrujam sua vida, sugam suas energias, como aquelas plantas trepadeiras que sugam a seiva da árvore hospedeira, depois a sufoca e mata. Esse tipo de mulher, por mais bela que seja, não é para qualquer tipo de homem para suportá-las. E naquele tempo eu não tinha cinco por cento dos noventa por cento da malícia que detenho hoje, então dá pra ter uma ideia do quanto me arrisquei. E nisso abandonei meu apartamento, transtornado pelo teatro mambembe no qual vi meu casamento se desmoronar, na imprudência de não ter me protegido das manipulações fui o alvo perfeito. Desde então nunca mais sequer olhei para o prédio, quiçá passei na frente do condomínio tamanho era o pavor que sentia das lembranças que amargavam no meu consciente. Mesmo passando todos os dias na rua paralela ao condomínio meu cérebro literalmente havia apagado o lugar, que por mais que eu olhasse para a direita do volante no carro não o via, sequer percebia. O cérebro é incrível com os traumas. Entretanto, ontem eu fui lá no condomínio. O porteiro me cumprimentou respeitosamente me chamando pelo nome: "-Boa tarde, sr. Rodrigo. Seja bem vindo!". Anunciei minha intenção de passear pelos espaços do condomínio e ele disse: "-Que bom que o senhor está de volta, fique à vontade". Deus opera a cura em momentos mais improváveis na vida da gente. Jamais, em momento algum, senti vontade ou sequer pensei em fazer isso, mas numa singela e cautelosa conversa com uma pessoa interessante me despertou a vontade de voltar a morar no meu apartamento e recomeçar. Deveras me deu dor de cabeça passear por lá, mas foi bom, foi a primeira aproximação mais importante em oito anos de ostracismo. Agora é cuidar para recomeçar, com calma, e principalmente fora do aquário.

Todos conectados a seu tempo

13.07.16, Rodrigo Caldeira

No quarto mês de meu Ano Sabático me sinto em harmonia pessoal para explorar meu ego e afirmar que estou sozinho de fato e de direito. Levo uma vida solitária desde a separação, que culminou em divórcio em dezembro de 2008, quando me vi encenando uma presepada bem articulada de uma acusação infame e de muito mal gosto. Me rendeu oito anos de um sentimento de culpa, cultivando traumas sociofóbicos num ostracismo interminável. Esse acontecimento mudou todo o curso de minha vida, me fez perder os melhores momentos de minha fase juvenil-adulta, em que se eu realmente tivesse culpa, a culpa que me foi imputada, jamais perderia tanto tempo refletindo os pormenores de cada dia de um casamento hostil, ensaiado por pessoas que hoje já lembro sem qualquer esboço de sentimentos e com profundo desprezo. Hoje, oito anos depois, estou convencido que fui vítima de um sistema doentio e psicótico para o qual não estava preparado, não tinha malícia e tampouco cultura para conviver com pessoas complicadas, de sistemas familiares totalmente diferentes do que fui criado. Hoje sei quem sou e o valor que eu tenho. Assim é a transgeracionalidade, que compreende o que acontece em ou que diz respeito a várias gerações¹, na repetição de padrões de eventos semelhantes dos antepassados, em que o indivíduo atual é acometido de reagir de igual maneira no estado de limerência, vividos por seus ancestrais. Uma trama em que estamos todos conectados a nosso tempo, até que possamos quebrar essa corrente repetitiva e prejudicial. Há poucos dias conversava indignado com minha mãe sobre o porquê de eu ter me casado, que hoje, na minha malícia de vida, no meu conceito de homem dificilmente teria me apaixonado por tais mulheres que devastaram minha vida. Se tivesse que pôr Deus no meio diria que o Criador foi misericordioso com essas duas em não me conhecer hoje, pois seus planos de me usar como degraus de ascenção social não iria acontecer, seria um fiasco. Não que eu trate assim as mulheres que conheço em geral, mas me sinto maduro e malicioso o suficiente para identificar o risco e antever-me dele o quanto antes. Esse risco não se dá pelo caráter em si somente, até porque naquele tempo eu não tive a prudência de me afastar ante dissimulações tão perceptíveis - hoje. A liberdade de expor um pouco minha vida assim tem o objetivo de materializar o entendimento conseguido a duras penas, por longos anos. Para aquela situação oportuna para tais ex, fui a peça elementar de seus fortalecimentos pessoais com benefícios incomuns. A carga de sofrimento e dor que rasgou minha alma foi, ao mesmo tempo de premiá-las, uma transmutação do indivíduo inocente e imprudente em mim para o homem que sou agora. A malícia pulsa em meu sangue, e isso me faz compreender coisas que há muito não conseguia enxergar. A mortificação de meus conceitos de amor e sonhos estraçalhados em minha alma, que me queimou no fogo do inferno por longos anos me fundiu num novo ser que admiro ter me tornado. O amor não é para os fortes, senão para os loucos. A paixão é para os fortes. Na loucura compreendi o valor do sentimento, o peso do perdão e o custo da justiça - tudo vem e virá a seu tempo, não há porque ter pressa e a conexão que temos dá o seu tempo de justiça. Depois desses pensamentos em que compartilhei com minha mãe, tive um insight sobre o que venho fazendo da minha vida, já que dei de bandeja oito extensos e preciosos anos dela para refletir, analisar, compreender e concluir as conexões dessas tragédias nas quais fui o único prejudicado. Enquanto minha memória não era destruída lentamente pela depressão e pelo Rivotril fui escrevendo todas as cenas que me senti violado, roubado, violentado e enganado nessas relações que vivi imprudentemente. Não passou um dia que eu não tenha refletido meus relacionamentos, prova disso é este blog. Então, dirigindo, conversando com meus botões fui pego de assalto de reflexões intensas. Na vida somos bombardeados por motivos para fazer tantas coisas, mas são os momentos que farão a nossa vida ter sentido. Meus motivos gritam para mim. Será que posso aprender inglês, francês e até japonês, por que não? Posso aprender a cantar, dançar e até tocar violão. Por que não? Posso saltar de páraquedas, voar de asa delta, mergulhar ou mesmo voltar a ganhar dinheiro, por que não? Posso fazer trilhas, escalar encostas, viajar o mundo ou mesmo competir por medalha, e por que não? Oito anos para perceber isso só agora, porque o trabalho psicopático foi muito bem feito. Perdi mais do que amigos, reputação, credibilidade. Perdi tempo, porque me perdi no tempo de minhas memórias e que jamais será recuperado. Então por que estou sem me pôr no limite de minha capacidade de transformação? Eu posso mais, eu sou mais. Em oito anos transformei mais de trinta pessoas lapidando-as de suas formas brutas em jóias resultantes de pessoas mais felizes, mais conscientes dos valores da vida, pessoas de sucesso, casamentos restaurados, filhos em ventres desacreditados pelos próprios maridos. Se eu tive poder para fazer isso tudo em oito anos de ostracismo, o que não poderei fazer pelos anos restantes de minha vida? Todos estamos conectados. Talvez eu precisasse ser estraçalhado por vis personagens para que eu pudesse renascer na consciência que tenho hoje. Se é dito que depois que morremos somente nossa consciência transcende à eternidade minha evolução deve ter começado ainda em vida. Todas as pessoas que pude ajudar de alguma maneira estavam conectadas à minha história e aguardavam o meu tempo de maturação para que também fossem resgatadas, orientadas e reinventadas. Hoje não vejo outra resposta diferente desta. Se eu não tivesse sofrido os horrores dos sentimentos doídos em meu coração, muito provavelmente não conseguiria ter discenimento para indicar o melhor conceito para problemas irresolutos. A conexão que me ligou às personagens de minha desgraça é a mesma que me leva à glória de meus valores e à libertação de meus temores. Você está conectado a mim por ler este texto e de alguma forma o seu eu intrapessoal poderá encontrar respostas a partir de uma palavra, uma frase ou parágrafo que leu aqui. No final, todos nós somos necessários uns nas vidas dos outros, porque o grande segredo da vida é que estejamos conscientes de nossas atitudes, porque o corpo perece, mas a memória é eterna. Faça o bem às pessoas conectadas a você, não somente para que seu corpo, que é matéria e como tal faz parte conexa aos elementos químicos deste planeta, então viva o hoje em harmonia, não só para que seus descendentes vivam a vida sem serem vítimas da transgeracionalidade, mas para que sua consciência viage pela eternidade em paz.

1."transgeracional", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/transgeracional [consultado em 12-07-2016].

Renuncie à bengala!

12.07.16, Rodrigo Caldeira

Uma das coisas que mais procuro recomendar às pessoas - e até a mim mesmo - é a necessidade de renunciar à bengala. Todos nós usamos uma terceira perna para nos mantermos em pé. São muletas, bengalas, andadores ou mesmo os ombros alheios. A maior covardia que fazemos contra nós mesmos é nos permitir andar apoiados sobre algo que não sejam nossas próprias pernas. Quando você se permite ter a nova experiência de andar com suas pernas perceberá o quanto a vida se torna gigante e formidável. Você sentirá que pode ser quem você quiser ser, perceberá que poderá conquistar a pessoa que você quiser, sentirá que o poder está em suas mãos e que quanto maior o desafio, mais suas pernas aguentarão correr para a linha de chegada. Há quem use como bengala anos e anos de terapia em salas de psicólogos. Outro dia uma amiga do Rio me sugeriu que eu fizesse terapia, pois ela frequenta uma há mais de quatro anos. Fiquei perplexo e chamei-lhe a atenção. Isso porque a psicóloga anterior havia falecido e ela tratou de arranjar outra para substituí-la. Disse que gostava de ter uma "segunda opinião". Pelamordedeus, isso não é terapia, é pagar para ter alguém para te ouvir, sem necessariamente se importar com você. A artificialidade de usar esse tipo demorado de ajuda faz com que sua vida também fique artificial. Segunda opinião não. Na verdade, a segunda opinião a gente já dá para o que nós estamos conjecturando em nossa mente, então seria uma terceira opinião e isso nós fazemos com quem está interessado em ouvir e também falar a nosso bem. Empodere-se ou deixe que alguém faça isso, mas não bengale-se! Tem outras formas de  se sustentar sobre uma bengala, como os maus hábitos de possuir algum atraso de vida, como algum vício. Há bengalas de todos os jeitos. Algumas vezes tive amiga (e não foi só uma) dizendo que não conseguia encontar para si um cara legal, então voltaria para a igreja, onde se entregaria de corpo e alma. Deus prescruta os corações dos homens, não adianta entrar na igreja para se apoiar na aparência da fé e justificar as frustrações, tem que se preparar melhor. Tem aqueles que sentem pena de si mesmos e é uma bengala maldita essa. Há a bengala chamada "rede social online", em que tanto de um lado há quem viva para sustentar seu perfil com as fotos dos sonhos, nadando com golfinhos, fotografando cenários deslumbrantes de países surreais, como se necessitasse dizer que é uma pessoa muito feliz, quando na verdade é uma tentativa de convencer os outros e camuflar tanta solidão; bem como do outro lado há quem use de bengala essas fotos alheias para justificar e afirmar o quanto sua vida é pequena e seu potencial de felicidade é insignificante. Outros que culpam uma doença ou mesmo trocam a felicidade para viver e conviver com pessoas que lhe darão tudo, menos o prazer do sentimento sincero, entregue e honesto. Nada disso é real, e se você quiser ter orgulho de suas vitórias comece a se dar as respostas para suas perguntas. Conquiste alguém que queira ouvir e ponderar você, mas nunca se deixe levar pela tentação de andar de bengala. Vá fazer exercícios físicos, malhar, peladar, saia, se divirta, beije na boca, faça amor ou transe, você quem escolhe. Encontre a harmonia do sentimento em você, foque na sua qualidade de vida emocional e abrace a causa de suas curiosidades. Dificilmente você fará tolices, porque antes de cometer o erro sua mente já lhe enviou respostas sensatas, procure ouvi-las. Você pode mais, você pode muito mais, então acredite em seu palpite, ressucite-se em beijos bons, sorria para gente séria e observe os retornos que virão. Não seja imprudente. A renúncia é lenta, mas não tanto quanto o apego à bengala. Seja a pessoa que gostaria de conhecer e acredite na sua inteligência emocional. Torço por você.

E depois da morte, o que fazer?

11.07.16, Rodrigo Caldeira

Loanne Rodrigues da Silva Costa amarrados a árvore em Pirenópolis, Goiás 2 (Foto: Arquivo pessoal)

Pessoas morrem todos os dias, o tempo todo. Eu sempre fico impressionado em como a vida é breve e a morte é eterna, mas são nos rostos belos, quase que esculpidos à mão pelo artista os que me chamam a atenção para as mortes antecipadas, como a jovem Loanne Rodrigues da Silva Costa, as estudantes da boate Kiss, outras do ônibus em Mogi Mirim, dentre tantas outras beldades. Qual será a mensagem? O que será que se passa na vida, que temos que assistir a isso passivos e impotentes? Meninas ainda crianças, modelos, namoradas, noivas, enfim, mulheres que ficam pouco tempo entre nós e vão embora tão cedo. Será que elas inconscientemente pressentiram suas rápidas passagens? Rapazes elegantes, homens bonitos, como as meninas foram embora sempre por mortes violentas. O que pensar, qual o recado? A vida tem um significado, mas qual é o sentido da vida, senão viver? Vivemos todos para perdurar ao máximo antes da morte chegar. Todos nós morreremos um dia, então para que existir se pereceremos e sumiremos como as flores que nascem lindas e quando se percebe se vão para nunca mais. Que sentimento deve possuir uma flor, sabendo que seus dias são rápidos e em breve não terão mais cor nem perfume e nunca mais ganharão as visitas de abelhas, borboletas e joaninhas? Vivemos para corrermos atrás de realizações, conhecimentos acadêmicos, dinheiro, status, prestígio, mesmo sabendo que morreremos. Por que montar grandes impérios financeiros se morreremos sem poder usufruir de tanto patrimônio e não estaremos vivos para sermos condecorados por juntar tamanho tesouro? Viver para trabalhar e ganhar dinheiro, que possa pagar as viagens mundo a fora, acumular lembranças, aprender, conhecer, juntar conhecimento. E depois? Simplesmente morrer, e geralmente de maneira dolorosa, senão violenta. O sentido da vida será ver quem consegue morrer por último? E depois? Certamente deve existir um propósito em viver-se a vida, porque não seria sensatez vir ao mundo em vida humana para sair dele sem o menor sentido. Se há a caridade, a doação, a oração, a contemplação, os sentimentos, então certamente deverá haver algo que se continua depois que morremos. Deve ser algo maior, mais intenso, mais potente, muito mais latente, porque senão não faria sentindo algum viver a vida antes de morrer. Eu sei, o assunto parece estranho, mas é uma reflexão sobre a morte, um ensaio. O que devo fazer durante minha vida? Devo ter uma quantidade interessante de amigos, parentes e saudosos em meu sepultamento ou deixar uma herança ideal? O mundo nunca acabará e Jesus não voltará, a menos que você morra e, dependendo de como possa ter morrido vá ao encontro do Cristo. Enquanto houver medicina haverá vidas reanimadas, revivadas e com novas chances de vida. Você já parou para se perguntar, verdadeiramente, qual sua missão nessa vida? Se você tem muita beleza de rosto, de corpo, de tudo, já parou para se perguntar o por quê desse potencial atrativo tão alto em você? Para que você, realmente, veio? Você tem algum plano de viver sua vida com qualidade, sem prejuízos às pessoas? Qual sua capacidade de domínio e aprendizado para a sua vida? São muitas perguntas. E você, tem respostas?

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