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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Desde 2008 - 716.000 visualizações em todo o mundo. Diário pessoal aberto, onde se pode ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, vislumbrar reflexões psicológicas, sociais e até pessoais.

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or que o Brasil é anti-paralimpíadas?

22.08.16, RodrihMC

O corredor paralímpico A.J. Digby durante um treino nos Estados Unidos

Hoje pela manhã, como de costume, pego o celular e já leio a manchete do dia da BBC - Brasil, que diz: "Rio corre contra relógio por "paralimpíada da superação". Já se fala há um bom tempo sobre a tímida participação dos atletas paralímpicos no Rio de Janeiro - cidade maravilha mutante... purgatório da beleza e do caos (parafraseando a bela e ex-vocalista de apoio da banda saudosa banda Blitz, Fernanda Abreu em sua música: Rio 40 graus). Não só o Rio de Janeiro está sob pressão com a eminente derrota de bilheteria e público com os jogos paralímpicos, mas o Brasil inteiro. Diferentemente das Paralimpíadas de Londres, o país é subcultural e toda opinião é formada - antes - pela mídia televisiva. E essa mídia está pouco se fodendo para os excluídos, porque são a parte feia da realidade brasileira. Deficientes físicos e mentais só têm uma utilidade: fomentar a benevolência e a santidade da sociedade hipócrita, isto é, aqueles que exploram a imagem destes para serem lembrados na mídia. São voluntariados, são visitações, doações, fotos e vídeos timidamentes feitos para divulgar o quão aquele artista, aquele rico, aquela sensação do momento merece ir para o céu. Obviamente não estou dizendo que as pessoas que se ocupam e se dão para os excluídos ou um pouco de si estão fazendo mídia com isso. Não todas elas, uma minoria, com certeza, mas não estou dizendo das que se preocupam com o próximo debilitado. O que estou dizendo é que essas pessoas não têm espaço definido na mídia televisiva - que é o veículo de comunicação mais incisivo mundial. Você vê vídeos na internet, pelo whatsapp, uma coisa aqui outra ali sobre superações do cara sem braços e nem pernas que surfa, por exemplo, com o intuito de vários intuitos ambíguos - como de estimular pouquíssimas pessoas a acreditar nos seus sonhos também, como promover uma depressão ainda maior em quem está com paralizia emocional, justamente porque o que pode ser interessante para você - que pode estar de bem com a vida - pode ser o gatilho para destruir o resto de amor-próprio naquela pessoa com quem você compartilha o tal vídeo, pois ela passa por um momento de profunda tristeza e paralizia de autoconfiança. Então, voltando ao assunto, a minha reflexão é sobre o espaço micro das pessoas que estão confinadas eternamente (enquanto fisicamente humanos) em suas limitadas condições físicas ou mentais na mídia brasileira e, consequentemente, em nossas mentes. Não se fala em cobertura exclusiva ou um período inteiro de cobertura de um jogo, apenas flashs ou notícias. Se Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, se as mídias televisivas - principalmente a Rede Globo - que é uma espécie de "deputado Eduardo Cunha", que foi um mal necessário, já que é a força da Rede Globo que repagina o conceito e as opiniões públicas - a ex-presidente da República Dilma Roussef quem diga - e se o próprio Governo Federal estivessem interessados em ter uma Paralimpíada tão boa, teriam feito o dever de casa antes, há pelo menos três anos atrás incluindo personagens paralímpicos em novelas, filmes e comerciais, principalmente comerciais conscientizando do valor e direito dos portadores de necessidades especiais - o que não costuma acontecer, quando vemos gente imbecil estacionando em vagas para deficiente físico. Estiveram mais preocupados em incluir os homossexuais, os polígamos, os psicopatas, os assassinos, além dos filhinhos de papai mauricinhos, como as patricinhas mimadas, do tipo que são sustentados com dinheiro público roubado ou por pai rico, que quer vê-los longe de seus negócios e pagam o que for preciso para ter tal sossego (pode-se ver isso claramente em Brasília, no Iate Club na hora do almoço, uma vitrine de clientes entre os ricos politicamente corretos e os mimados desocupados), enfim... Mas não se viu nada a respeito, o povo brasileiro - que não foge à luta e nem da frente da tevê, não foi preparado pela mídia para gostar de deficiente físico ou mental, essa é a verdade. Fato é que "Além da transformação do Centro Olímpico de Deodoro em arenas independentes, sem as áreas comuns, e da redução da força de trabalho nas instalações, o comitê organizador reduziu drasticamente a oferta de ingressos. A carga inicial de 3,1 milhões foi reduzida para 2,4", mas mesmo com 2.400.000 ingressos disponibilizados para a Paralimpíada foram vendidos apenas 300.000. Ou seja, 2.100.000 ingressos correrão o risco de serem vendidos à esmola de R$ 10,00 ou US$ 3,11. Há a possibilidade de oferecer entrada franca, na intenção de não ficar registrado na história dos jogos paralímpicos do Brasil a lembrança de que os brasileiros não têm o menor interesse de saber sobre a superação dos excluídos. Superação boa mesmo é de quem tem a saúde de ferro, com Michel Phelps, Usain Bolt, Neymar e cia. Ou de atletas de beleza midiática a ponto de estarem participando também da Olimpíada da Beleza, uma brilhante ideia da formadora de opiniões Rede Globo. Se a própria tevê não se interessa em promover marcas com excluídos, por que os brasileiros se interessariam? Há quem tentará me dizer que teve sim inclusão de atletas com deficiência na mídia. É, até que teve, como, por exemplo, da Terezinha Aparecida Guilhermina, corredora cega que, se você não souber que ela é deficiente visual não dirá, jamais, que seria cega - nem os olhos denunciariam. Se teve algum outro comercial televisivo que tenha destacado deficientes com paralisia cerebral ou que fossem visualmente difíceis de olhar, então me contem, porque eu nunca vi. Agora, e se as novelas mostrassem deficientes físicos e contassem histórias de superação, busca pelos esportes, ao invés de uma putaria homossexual sem fim ou dos psicopatas, malévolos e todo submundo cultural com certeza que as Paralimpíadas (ou paraolimpíadas) seria também bastante interessante. Se as Paralimpíadas viessem antes dos jogos olímpicos, isso também seria muito interessante. Mas gastar com excluídos é demais para todo mundo, essa é a verdade. O mais interessante é que todos nós, sem excessão estamos sujeitos a nos tornarmos paralímpicos de repente. Na pior das hipóteses podemos nos tornar excluídos também, porque perfeito que somos podemos acordar e nos ver sem alguma parte dos membros de nosso corpo (dedo, mão, braço, pé, perna) ou coisa pior, com paralisia cerebral, por exemplo. Daí que seríamos postos de lado, como bem aconteceu com Osmar Santos, comentarista esportivo da Rede Globo, após sofrer AVC. É isso, se quisermos ter nossa rendenção pessoal e formarmos opinões genuínas, isto é, nossas, sem a interferência das belas mídias televisivas - principalmente da Rede Globo, que me desculpem os anti-globais, mas essa emissora de tevê é quem dá as cartas na opinião pública brasileira e não há nada o que possa ser feito para mudar isso - então que acompanhemos os jogos paralímpicos e torçamos por todos os atletas, porque eles sim superam todas e quaisquer limitações do corpo e da mente. 

Para saber mais: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37146489

No ápice do TDAH, ajudem seus filhos e filhas!

20.08.16, RodrihMC

Revisado em 20/08/2016, às 13h. Post original de 11/06/2011, às 13h. 

Eu já falei aqui sobre um transtorno que atrasa ou extingue a vida sócio-financeira e cultural de uma pessoa portadora de TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em 24 de Julho de 2009, praticamente a 1 ano, para alertar pais e mães do perigo que estraga os sonhos, projetos e toda a vida social de uma pessoa. Hoje estou aqui novamente para falar um pouco do que este TDAH tem se tornado em minha vida. Não, nunca tratei o TDAH e tampouco fiz o exame P300. Entretanto o diagnóstico se deu em 2000, em São Paulo, numa consulta com um psiquiatra respeitado e reconhecido na comunidade médica, mas que não lembro o nome por agora. Cheguei a comprar Ritalina para tomar, mas não sei a que cargas d'água parei ou ignorei a importância do medicamento. Talvez porque deva ter sido esquecido ou perdeu o referencial já que o TDAH faz exatamente isso, desvia a atenção do indivíduo para outras coisas afora. Recentemente tive uma recaída extremamente aguda, uma profunda infelicidade destruidora de todos os frágeis alicerces que venho reconstruindo desde a separação conjugal, na qual depositei mais do que amor e paixão, mas adornei-o de toda fé, crença, vontade, esperança e resiliência que me restava ter. O portador de TDAH funciona por estímulos externos, de outra parte, para responder com louvores em intensidade ainda maiores, então tive um - de tantas dezenas ou centenas que tenho diariamente - insight, um lampejo de discernimento que até parei para prestar atenção, refletir e procurar absorver o máximo de seu significado. Este reflexo de auto-crítica e observação quase clínica me levou à reflexão sobre o que está realmente acontecendo comigo, portador de um Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade quando lembrei dos relacionamentos, dos negócios, dos estudos, do interesse por notícias, livros, audiobooks, documentários e tudo o que deveria me fazer sentir inserido cultural e intelectualmente numa sociedade formadora de opiniões, que perdi e venho perdendo com o avanço de minha idade, o passar dos meus dias. Uma coisa que admiro em mim é que ainda que eu esteja afetado por algo que me dá dissabores na vida, tenho conseguido diagnosticá-lo com boa observação, auto-crítica e certa dose de humildade, pois somente assim tenho acessado informações importantes para o desenvolvimento de alguma cura ou estabilização do problema ou ponto de fuga. Perto de completar 40 anos sinto meu cérebro em pânico, alarme que soa geral e um desinteresse extremo pelos estudos, atualizações que requerem concentração e acompanhamento intelectual. Sinto um profundo e extremo desinteresse em leituras de todos os tipos, apesar que sei que escrevo/digito muito bem.  Ignoro notícias de tevê (já não assisto tv há 1 ano e meio, literalmente), não leio revistas e jornais nem passo perto, muito embora eu esteja antenado sobre tudo o que acontece à minha volta, na sociedade, no mundo. O caos tomou conta! É angustiante não gostar de estudar, compro livros que sei que não vou ler. Audiobooks que nem os tiro do plástico que os envolve para sequer ver a cor da mídia (cd). E isso tudo chegou a um ponto que me desespera, pois sinto grande desejo e o mais profundo de me atualizar, estudar com fome de informação, ler até morrer, ouvir audiobooks até ficar com os tímpanos doendo, assistir tele-notícias até virar do avesso, mas nada disso me prende atenção. Ainda nesta semana, numa certa manhã, resolvi estudar alguma coisa. Montei a mesa, organizei a bagunça, preparei os papéis brancos para anotações, canetas de diversas cores, marcadores de texto, apostilas abertas, cadeira e luz ambiente favoráveis para uma boa leitura e aprendizado. Faltou-me um copo d'água para fechar com chave de ouro e iniciar o estudo a tempos protelado. Fui à cozinha pegar água. Abro o armário, pego o copo de vidro e despejo a água do garrafão de plástico no copo. Notei que estava com a temperatura natural, logo começou o desvio de atenção involuntário. Me ponho a procurar um vasilhame para pôr a água para gelar. Procurei por diversos utensílios e não encontrei. Vesti-me, tomei posse da carteira, chaves do carro e lá estou eu encarando um engarrafamento para comprar um inútil vasilhame de plástico para gelar a água. No mercado, não só comprei o bendito vasilhame de água, mas também vários vasilhames iguais dentre outras coisas quem nem precisava, mas que chamaram minha atenção pela estampa do rótulo, ou cor do objeto. Tudo comprado a contento, fui para o estacionamento do mercado, entrei no carro e me pus a voltar feliz para casa, donde um galão com água natural aguardava ansiosamente pelo bendito vasilhame para gelar o líquido. Dirigindo tranquilamente paro no semáforo e olho os arredores, vejo calçadas, lojas, sobrelojas, quitinetes, placas e janelas. Ôpa! Eu disse quitinetes? Sim, disse... e esse pequeninos imóveis têm janelas, numa delas vejo panos-de-prato pendurados para secar ao sol da tarde que já se vai. Lembrei que não lembrava onde estavam os panos-de-prato em meu cafofo e aciono a seta para pegar o primeiro retorno e procurar uma sacaria ou loja que vendesse panos-de-prato. Procurei por lojas de toda a avenida comercial e enfim encontro uma aberta, quase fechando no fim do expediente. Escolhi dois panos de pratos muito bons, diga-se de passagem, e volto pro carro, dou ré e já tenho que ligar os faróis para alumiar a pista à frente pois já está escurecendo. Voltei para o apê com os vasilhames, lavei apenas um único vasilhame para despejar a água e por na geladeira. Assim que solucionei a questão da água gelada - e o copo estava lá, sobre a pia e cheio de água natural no mesmo estado e local que havia deixado horas atrás - notei que a torneira, na qual lavei o vasilhame estava pingando demais. E lá vou eu arrumar o gotejamento da pia... Esse episódio é um entre dezenas que acontecem semanalmente. Se vou viajar de carro, quem me espera em outra cidade pode cuidar da própria vida, pois chegarei no dia seguinte ou na semana seguinte, porque certamente vou pegar pistas novas, conhecer cidades etc, se não tiver alguma coisa ou alguém para me lembrar que tenho casa para voltar ou um objetivo me aguardando chegar, eu simplesmente me disperso. É um tormento que não dá trégua, não descansa a mente, não propicia paz e atrasa a minha vida com o peso de um elefante sobre meus ombros. Me considero até muito inteligente e equilibrado para não surtar de vez, perder o foco da vida e a referência do que é necessário para viver bem com as pessoas. Em salas de aulas ou palestras sempre tenho flash de entendimento de todo o conteúdo, que acontece antes que o palestrante ou professor termine seus exemplos. É o famoso ditado: "Enquanto você vem com a cana eu já voltei com a rapadura". Entretanto, e mais uma vez, a falação e repetição de informações, exemplos e notícias faz meu cérebro entrar em conflito interno, meus neurônios entram em pânico se perguntando do por que o indivíduo lá na frente não pára de repetir o que já está mais do que claro e aprendido? Então acontece o fenômeno do TDAH novamente e uma baratinha passando no rodapé da parede me leva a criar uma fórmula que exterminará baratas de todo o sistema global, daí não só crio uma fórmula, como já monto toda a publicidade para vender o novo controlador e exterminador de pragas rastejantes, com slogam, logomarca, todo o colorido e até as falas dos atores no comercial e tevê já vislumbrado. Tenho em mente tudo montado, do faxineiro até toda a diretoria que compõe a indústria de substâncias eliminadoras de baratas e de quebra tenho os números dos telefones criados para um Disk-Barata, o modelo e a cor da moto do motoboy, que já estará usando a jaqueta com as cores e traços da bandeira que estampa a empresa, no totem de entrada ao lado da bandeira nacional e a bandeira da cidade. Enquanto isso o professor/palestrante está lá na frente mexendo a boca e emitindo barulhos que meus ouvidos já não escutam mais. Se me perguntarem o que aprendi da aula farei uma bela apresentação para explicar que nem sei do que se trata. É o TDAH destruindo um pouco mais a vida de uma pessoa que tinha tudo para ser muito mais. Todos os relatos acima mencionados NÃO são ficção para servir de exemplo, a fim de enriquecer a idéia desse assunto. São fatos literalmente reais e dolorosamente verdadeiros. Portanto, venho pedir que você que lê este blog faça sua parte e observe as suas crianças, dos seus amigos e parentes, os adolescentes e jovens também. Não seja negligente nem omisso! Se notar que os pais reclamam que o filho/filha é muito agitada, arteira, criativa, que se dispersa com facilidade, se perde dos pais numa ida ao mercado, está tirando notas baixas na escola etc, peloamordedeus oriente os pais para tomarem conhecimento sobre o TDAH para que esses filhos se tornem adultos de sucesso e preenchidos de alegria. Coisa que não dá pra falar com muito ânimo quando se está com a idade que estou. O exame para averiguar se o indivíduo possui TDAH chama-se P300 e o remédio que controla a disfunção hormonal chama-se Ritalina: NÃO DÊ RITALINA PARA SEU FILHO!!! Estimule-o naquilo em que seu dom se manifestar e encoraje-o a seguir adiante, mesmo que lá adiante sinta que já deu e não quer mais, então encoraje-o a se reinventar!

Encontre uma pessoa ideal (respondido)

15.08.16, RodrihMC

Janaina a 14 de Agosto de 2016 às 22:23
Em: Passado

boa noite Rodrigo. meu nome é Janaina e tenho 21 anos. Eu lei oseu blog muito muito mesmo e as vzs acho q vc é um genio outras vzs acho q é um louco (risos). Eu fico encantada c a sua cultura e a forma q desenvolve os raciocinios, as reflexões e como faz o fechamento dos pensamentos. Eu vi q vc tem momentos de inspiração profunda, e as vzs vc tava sem foco e fez um texto perdido. Eu gosto muito de buscar suas reflexões passadas, de meses e até anos. Obrigada por ter sofrido tanto e ainda acreditar que "amar pode dar certo" pq seu blog é prova de amor pela humanidade. Me admira sua maneira de agir e ser e estar sozinho, acho q a vida não foi sensata c vc. Eu falo assim pq apesar de nova já conheci alguns canalhas e sei o qto um cara tem uma essencia boa. Estou digitanto do celular e vai desculpando os erros. Eu tenho um namorado de 23 anos e vamos nos casar. Acontece q nós 2 não temos "expericencia de vida" se é q me entende. Eu ando confusa c algumas coisas sobre isso e precisava q me falasse seu pto de vista. 

Respondendo à Janaína (também pelo celular):

Janaína, bom dia! Obrigado por enviar um e-mail com sua experiência e suas observações. Sempre que quiser comentar e explanar suas ideias também poderá comentar diretamente no texto do blog. Isso fomenta novas discussões e outros comentários, tá bem?! Claro que pode me enviar e-mail! rs. Bom, obrigado pelo carinho e por acompanhar o blog. Às vezes me passa uma vontade de excluí-lo, talvez porque aqui tenho me exposto demasiadamente, entretanto, por tantos depoimentos e emails que recebo, isso me faz acreditar que o blog e o que escrevo não venha a ser tão ruim assim, muito embora também receba emails de gente me dando pedradas por coisas que falo e não gostam ou se sentem ameaçados, não sei. Bom, com relação a seu namoro, e seguindo o ponto de vista de falar abertamente, sem rodeios, vou respondê-la segundo como vejo as coisas. Vocês têm idades de 23 e 21 anos, são virgens e provavelmente são partícipes de algum movimento ou doutrina religiosa - ainda que não tenha externado isso. Supondo que sim, há algumas considerações a fazer, muito embora, independentemente de haver a religiosidade, vejo que a relação de vocês pode não dar certo. Não que não deseje que dê, mas em concórdia com o que você ressaltou agradecendo por eu ter sofrido tanto - e tenho certeza que há pessoas que sofreram o quanto eu sofri multiplicado por 100 ao quadrado - a vivência e malícia de vida que tenho me diz que o homem é um ser caçador - desde os primórdios da humanidade. Era o homem quem ia encarar os animais selvagens, também era ele que ia para os combates nas guerras. Era o homem que ia para o arado, pastoreio, longas viagens, explorações de novas terras, garimpo e enfrentamentos. Ao longo da história foi o homem quem se expôs às durezas da vida e por conseguinte foi quem iniciou a vida sexual primeiro. Por ser a flor das mãos de Deus, biblicamente a mulher veio depois do homem. Se fôssemos vislumbrar o porquê disso, suponho que Deus quis testar a vida humana primeiro e escolheu fazer o homem como "boneco de teste", sem tirar dele o mérito da vida. Vendo que o viver humano era bom, que o raciocínio e a desenvoltura humana era interessante sentiu segurança de trazer à vida a mulher. E ela chegou quando as coisas estavam mais organizadas e mapeadas pelo homem. Assim é a vida humana, desde os primórdios da humanidade a mulher foi poupada de ir à caça, digladiar-se com inimigos, explorar terras, garimpar, arar a terra etc., ficando com funções menos sacrificantes e que lhe poupassem mais a vida. Com o passar do tempo, homem e mulher foram desenvolvendo-se conforme seus genomas ancestrais. À mulher ficaram a beleza física, a sensualidade, a vaidade, a inteligência emocional, os sentimentos, maior resistência às dores, a paciência e a diplomacia. Ao homem ficaram a robustez, a integridade moral, a inteligência racional, os desejos, menor resistência às dores, a voluptuosidade e a hegemonia. Tudo no seu lugar pela natureza que possuíam a mulher e o homem. Naturalmente, o homem sempre será o cara que vai pra porrada e a mulher será sempre a causa do olho roxo na cara do homem. Então, com essa reflexão é correto pensar que enquanto o homem desenvolveu seus hormônios para as explosões internas de domínio, a mulher desenvolveu as explosões internas dominantes para produzir hormônios benéficos à sua existência. São hormônios como a oxitocina, endorfina, feromônio dentre outros que trazem à mulher benefícios vitais essenciais. Ao homem a endorfina, adrenalina e a testosterona. Entretanto, para a mulher produzir tais hormônios precisa da sexualidade do homem, da sua integridade hormonal, sua malícia e presença dominante. Daí você imagina que seu namorado não tenha experiência de nada, esteja imaturo de tudo e quando vocês forem se iniciar sexualmente as coisas não saiam como o esperado. Ferrou geral. Dependendo de como você pense sobre o casamento poderá viver uma vida em preto e branco. Sabendo-se que a mulher amadurece muito antes do que o homem, para sua idade o cara deveria ter a idade de 35 anos pra cima. O homem tem que viver experiências sexuais para poder dar à sua companheira firmeza, maturidade e segurança sexual. Já que ela terá mais maturidade do que ele na relação, então ela não precisará se dar à obrigatoriedade de ser experiente bem mais do que ele, já que será dele a responsabilidade de conduzir sua mulher e será dela a responsabilidade de modelar e consertar ele. Pode observar o tanto de mulheres que vivem solitárias porque desenvolveram-se contrário à essa naturalidade. As independentes em tudo incluíram em seus genes comportamentais o masculino junto do feminino, e com isso gera conflito de insatisfação versus carência constante. Idades muito próximas podem ser interessantes enquanto ambas as partes são novas, isto é, você tem 21 ele 23, até aí beleza. Agora vamos projetar isso lá pra frente, ele com 45 e você com 43 anos. Sua condição física, sua pele, até sua capacidade natural de ter filhos reduz consideravelmente. Ele ficará um tipão e você terá que correr atrás do prejuízo. Mas se você se envolvesse com um cara de 35 anos, ou seja, 14 anos de diferença no mínimo, quando ele estiver com 50, você estará com 36 anos. Olha só que idades interessantes! Você estará um mulherão, madura, segura de si e ele sempre atento a você. Essas coisas parecem ser machismo ou petulância minha, mas falando friamente são observações importantes e verdadeiras. Então, recapitulando, recomendo que namore bastante esse rapaz, mas se a sua insegurança permanecer, que não se case com ele - pelo menos por agora - e permita-o que viva a vida. Há um pensamento de um filósofo chamado Virosta, que diz assim: "Se pensa que algo te pertence, deixa-o escapar. Se voltar é porque sempre foi teu. Se não voltar é porque nunca o foi", e com isso você o deixa viver, tomar porradas da vida, se machucar com as experiências, ficar escaldado para que, quando se reencontrarem (e se isso acontecer de fato), ele esteja melhor preparado para lhe causar toda e qualquer nova produção hormonal constante. Eu faria isso, pela experiência de vida que hoje tenho. Você não precisaria desbravar o mundo, principalmente sexual, mas se ainda assim quiser fazer faça sem se expor, sempre cuidando do seu nome, da maneira como você é vista na sociedade, porque isso pesará enormemente no seu futuro. Para uma mulher, discrição social é tudo. Entenda que essa discrição é para com a sociedade, e a menos que o homem que você permitir na sua intimidade seja muito confiável, a ele se jogue e viva o melhor que a vida poderá lhe oferecer, e só se prenda ao sentimento de viver uma relação duradoura se você se sentir segura com o homem com quem estará vivendo seus momentos, mas do contrário, viva a intensidade de tudo e esteja sempre atenta às oportunidades paralelas, porque a pessoa da sua vida (parafraseando Jota Quest) pode estar do seu lado, no metrô, na fila do mercado ou mesmo sozinho na fila do cinema. Vá com calma, tem muita vida pela frente, e até seus 30 anos não tenha tanta pressa, desde que se cuide em sua beleza física, sua inteligência e cultura, e sua essência humanista.

Reações...

13.08.16, RodrihMC

Recebeu a seguinte mensagem:

Meu nome é Marília e cheguei ao seu blog por acaso. Posso saber quem é você? Psicólogo? Psicanalista ?

24/07/2016 às 17:31Blogar isto

Respondendo à Marília:

Olá Marília, não sei como você conseguiu enviar essa mensagem, pois tenho este blog desde 2009 e nunca vi ou fiquei sabendo desse acesso chamado "Reações". Acredito que é um ponto falho do blogs.sapo.pt e que nem eles sabem como isso é possível ou para que serve. Infelizmente não respondi você porque não vi seu manifesto, mas a responsabilidade é inteiramente dos portugueses que dirigem este blog, já que é uma plataforma de Portugal (que também não sei porque eu fiz meu blog aqui, sendo que temos plataformas melhores como o wordpress e o blogspot, mas agora é tarde para lamentar e o jeito é tolerar essas deficiências tecnológicas aqui). Bom, respondendo à sua solicitação, muito embora com meses de atraso, ressalto que se clicar em "It's me" verá o link "Quem sou" logo abaixo.

it's me blog.png.jpg

 

Daí você poderá ler:

  • Sobre mim

    Blogueiro e escritor analítico, irreverente, crítico e pensador. Humanista, apreciador da física quântica e seus desdobramentos. Estritamente sinestésico, apreciador nato da beleza das coisas, suas formas e cores. Formador de opiniões, valoriza a filantropia e o altruísmo. Criativo, autodidata e extrovertido.

  • Aceite o bem!

    Apaixonado por mulheres inteligentes e femininas, sou hétero e sapiossexual. Adoro a fala e a escrita do português brasileiro corretas. Romântico sofredor, evito esse lado a todo custo, guardo comigo, me blindo. Muitos sonhos, inúmeros projetos, pouco tempo, paciência e dinheiro para fazer tudo isso. Aprecio o encanto da natureza em todas as suas formas e adoro o silêncio com todo seu barulho.

Com isso me defino um pouco no muito pelo que dá, e não digo que sou psicólogo ou psiquiátra, até porque se fosse, com toda certeza do planeta não seria tão eloquente assim em minhas reflexões.