Fechando o ano, abrindo a mente
2017 foi um ano cansativo, tumultuado, cheio de acontecimentos atípicos ou, muitas vezes, repetitivos. I will survive!!! Todos nós sobrevivemos! Hoje são 19/12 e faço o fechamento de minha conta deste ano. Comecei sozinho e estou terminando sozinho, muito embora venho observando o momento certo para permitir que alguém faça parte de minha vida como eu preciso que seja, mas isso também ficará para o futuro. Uma das coisas que aprendi em 2017 foi com a liberdade em suas duas significâncias: a liberdade que se dá para que alguém entre em sua vida, muitas vezes sem pedir licença e faça bom uso de seus momentos, às vezes bagunçando ainda mais o que já está difícil de organizar, e a liberdade de me sentir livre, independente, desprovido da responsabilidade de dar satisfação e "andar na linha" - muito embora ando muito mais em linha reta do que muito homem comprometido. Em 2017 exagerei na minha carência e dei liberdade, aliás, extrapolei a cota de dar liberdade às pessoas à minha volta. O resultado disso foi que gerou um conflito de interesses e a quem dei um pouco mais de liberdade - por sentir-me confortável, simplesmente pirou o cabeção e veio com tudo pra cima de mim como se eu fosse inculto, inocente ou influenciável. Essas pessoas perderam todo acesso comigo, pois se não têm capacidade de manterem-se em harmonia e no equilíbrio com a liberdade que dei, certamente não conseguiria manter a relação comigo de forma saudável. Ainda mais eu, que tenho um instinto de liderança na vida social e sou dominador nas relações pessoais. E foi o que aconteceu, aquelas pessoas que se arriscaram no palpite de que estaria eu menos resistente e mais benevolente e se puseram a me testar com enfrentamentos ou jogos psicológicos de dramatização, achando que com isso me tomariam por refém de culpas, arrependimentos e considerações devedoras se surpreenderam com minha capacidade de me posicionar sem delongas. É uma pena, quando se dá liberdade para estreitar a relação com alguém, e percebe que algumas pessoas não estão preparadas para administrarem isso. Geralmente extrapolam e detonam a amizade por besteira. Não há muito tempo um grupo de novas amizades extrapolou da liberdade que dei, e novamente tive que me posicionar a contragosto de muitos. Dar liberdade não significa que me tornei mais retardado ou bem bobo, não quer dizer que perdi meu senso crítico e desaprendi a formar opiniões. Dar liberdade é uma oportunidade da outra parte mostrar o seu melhor do melhor, pois está quase conseguindo um acesso restrito em mim. Todos nós somos assim, mas não é todo mundo que percebe o limite de uma liberdade. E o que fazer quando se ganha liberdade com alguém? Oras, é simples! Continue sendo quem já é e isso ficará cada vez melhor e mais liberto ainda. É como uma criança, que, se você der um bombom por ter estudado e tirado notas boas, num dado momento você diz que ela poderá pegar o bombom no porta-bombons que está sob a cristaleira da sala. Bom, a criança poderá ir e pegar apenas um, ou se ela não entender o significado de liberdade, marcará bem o local onde estará a bomboniere para voltar sorrateiramente mais tarde. Assim são as pessoas imaturas, que confundem a liberdade que recebem de presente, gratuitamente, e se tornam obsessivas e tentam jogar com apostas mais altas. Vão perder, sempre perdem! Estou aberto a ter alguém, mas é engraçado que depois de me desfazer das pessoas que tentaram me tomar por refém de seus interesses próprios (tudo o que não é natural se torna incômodo), estou sem muita expectativa para tal. Mas há aquelas pessoas que souberam cultivar a relação comigo - que sei desde muito tempo não ser um cara fácil de lidar, muito embora eu seja facílimo. Essas pessoas detêm meu interesse e minha atenção em vê-las bem, de que possam viver melhor e com mais alegria seus dias, do que eu , por exemplo. Faço tudo o que posso para as ver animadas, perseverantes e realizadas. Então 2018 está aí, e sinceramente não espero nada de novo, apesar que somos nós quem fazemos isso acontecer, desde que nos permitamos sair de nossa zona de conforto. Então é sensato seguir adiante, não exagerar na liberdade que a Vida me dá para viver novas experiências. Quando você age comedidamente, sua vida passa a ser menos visada e os olhares da inveja não conseguem te ver.