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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Desde 2008 - 716.000 visualizações em todo o mundo. Diário pessoal aberto, onde se pode ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, vislumbrar reflexões psicológicas, sociais e até pessoais.

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Por que tenho curiosidade?

08.04.18, Rodrigo Caldeira

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Umas das coisas que mais me intrigou durante muitos anos foi a tal curiosidade que eu tinha, mas que muitas pessoas ao meu redor não tinham. Me sentia um extraterrestre, o patinho feio, porque eu parava para observá-las e nem tchum, nada, simplesmente tocavam suas vidas pré-programadas sem questionar, refletir, perguntar ou curiar alguma coisa. Isso me incomodava muito, porque quanto mais eu curiava, quanto mais eu buscava saber de coisas que não estavam nas páginas dos livros - muito embora e certamente alguém deveria já ter dito sobre tal, mais eu via que sabia menos, conhecia menos e entendia menos os viés da vida, dos sentidos e das coisas. Me senti verdadeiramente o Neo na Matrix, sendo Morpheus no papel de minha consciência. Eu realmente perdi muito tempo, praticamente dez anos sofrendo por culpa de uma coisa que eu não entendia, e essa culpa me roubou oportunidades maravilhosas de conhecer, aprimorar, pôr em prática, fortalecer, prosperar e inovar minha vida. Quando acordei desse sono do consciente e vi que havia se passado quase dez anos num coma inconsciente, nossa!!!, eu quis correr atrás do que já tinha passado, mas ninguém consegue voltar no tempo para recuperar um minuto que seja. Daí veio uma frustração limitante, que me amputou pernas e braços me deixando sem condições de correr nem de alcançar coisas e abraçá-las. Tive que regenerar pernas e braços para que se desenvolvessem gradativamente à medida que minha curiosidade se expandia e eu conseguia me alimentar do conhecimento. Eu não sei o porquê a vida fez isso comigo, também não vou dizer que estou grato de ter acontecido assim, mas fiz o meu melhor, penso. A curiosidade faz a pessoa ser mais, fortalece e empodera, permite enxergar o invisível aos olhos da maioria, arrebata e eleva a consciência para planos extrafísicos difíceis de explicar. Ao mesmo tempo que mergulha no infinito oceano das possibilidades, nos mostrando quão lindo é o universo que poucos vêem. A curiosidade também traz consigo um sentimendo de solidão - e eu que já vivo nessa solidão há quase dez anos então, quem o diga o quanto gostei de saber desse ônus, mas não fechei-me à ela, solidão por solidão, por mim tanto faz, é tudo uma coisa só, porque as pessoas não estão abertas para o novo, querem a rotina ou querem alguém que as banquem. Têm medo de assumir os prejuízos de suas escolhas mal feitas, e procuram se acomodar numa relação limitada, para não terem o trabalho de pensar ou decidir as coisas. Vivem de migalhas de atenção, quer seja de marido, pai, irmão ou amigo, e mesmo que alguém diga que estão vivendo da maneira mais medíocre possível, ainda assim preferem esse tipo de vida pelo medo de tentar, porque terão que assumir as consequências de suas escolhas. A notícia que vou dar a quem tem a curiosidade despertada em si, é a de que não adianta fugir, disfarçar, se enganar, pois seu subconsciente vai levá-lo a buscar saber mais e mais sobre as coisas, sobre a vida e tudo o que vir nessa energia da busca. Se não for hoje, será amanhã, daqui uma semana, um mês, cinco anos, vinte anos. Você foi despertado e procurar não curiar é gasto de energia desnecessário. Einstein já dizia: A curiosidade é mais importante do que o conhecimento. Se o gênio disse isso, quem somos nós para dizer o contrário?! A curiosidade levará você para os assuntos que seu ego e sua essência mais se adequam, pode ser sobre plantas, rochas e natureza, tanto pode ser sobre relacionamentos, sexualidade e sensualidade. Quiçá poderá ser sobre tecnologias ou mesmo sobre culinária. Você poderá ser um físico e desenvolver um vasto conhecimento em moda, como poderá ser um médico e se encontrar no universo da jardinagem. A curiosidade é um mecanismo de ajustamento cerebral com o espiritual, em que você pode até escolher o que fazer para sua sobrevivência, mas o seu destino em sua missão de vida será revelado pela energia dispensada na curiosidade que você se permitir levar.