![Narciso]()
"Homens, sejam homens antes de tudo" significa que sejam responsáveis, honestos, inteligentes e interessantes. Homens serem homens antes de tudo não significa que ele seja macho, opressor, comedor e sacana. Que não seja irresponsável, promíscuo e infiel a qualquer pessoa (sócio, relação amorosa, na família etc). Na carta abaixo, que encontrei por acaso no facebook, é de um grupo católico apostólico romano, de uma mulher de pseudônimo #ElayneMoura (que não faço ideia quem seja, já procurei e não tem um perfil real), cujo texto me incomodou pela condição indutiva aos homens católicos, repreendendo-os de manifestarem-se nas paqueras, simplesmente como homens naturais. Em seguida ao texto de #ElayneMoura segui com meu pensamento sobre seu texto e minha reflexão. Achei muito audacioso uma mulher escrever um texto ensinando como o homem deve ser homem nas relações. Nota-se claramente sua postura repressora, feminista e controladora. Procurei ser o mais cauteloso possível, controlando e escolhendo as palavras, já que se trata de um grupo cristão-católico que, acredito eu, seja seguido por seguidores devotos. Não fosse a referência cristã-católica, meu manifesto seria natural do homem que sou diante uma castração geral, da qual repudio. O conselho final é agradável aos olhos sociais, é coerente, é correto e vai de encontro à fé, e nisso não entro em detalhes, até porque cada doutrina tem seu ensinamento benevolente.
CONSELHO AOS MOÇOS CATÓLICOS.
Analisando a galerinha que participa dos grupos de ''busca de namoro católico no Facebook'': o rapaz que se diz um bom católico entra no grupo, seleciona de 4 a 5 perfis de moças católicas que lá estão e começa a cantar cada uma delas e o que vier para ele será ''lucro'' , para todas ele diz que visitou o perfil, se apaixonou, viu nela a ''mulher que ele pediu em oração''. Enfim, age igual aos homens mundanos que entram em salas de bate papo em busca de alguma mulher para ele '' passar o tempo''.
Rapazes, não façam isto. Se vocês são realmente católicos, devem saber que o namoro católico não vem de uma ''cantada barata'', ele inicia com uma oração, uma boa amizade e, se houver compatibilidade, esta amizade tornar-se - a um namoro e enfim, um casamento mas, tudo é processo e questão de tempo, discernimento, oração, temperança.
Reveja seus comportamentos nas redes sociais pois, de nada adianta na vida real usar a máscara de um rapaz de oração, que assiste as missas, estuda o catecismo, reza o Rosário mas, no mundo virtual banca o '' galanteador boêmio'' . Isto é dar um falso testemunho da fé que professa.
#ElayneMoura
Oi Elayne Moura, bom dia. Respeitosamente me manifesto sobre seu texto um tanto opressor, no qual, se me permitir, gostaria de elencar alguns fatores importantes sobre este assunto. Antes que me tolha por não constar foto neste meu perfil, posso fornecê-lhe meu perfil no qual migrei as amizades reais, do dia a dia, sem problemas.
Primeiro, antes de abordar o que realmente quero, o teor do seu texto me faz lembrar uma observação, quase uma denúncia, de uma repórter dinamarquesa sobre os homens europeus, que estão ficando afeminados, medrosos e perdendo o teor masculino deixando as mulheres em perigo. Se procurar na internet encontrará a entrevista. Isso foi causado pela força feminista, que castra os homens de sua natureza masculina, não de opressão, mas de posicionamento social. Pois bem, quando em seu texto se vê uma repreensão como: "e começa a cantar cada uma delas e o que vier para ele será ''lucro'' [sic], como também "age igual aos homens mundanos que entram em salas de bate papo em busca de alguma mulher para ele '' passar o tempo'' [sic] e "Se vocês são realmente católicos, devem saber que o namoro católico não vem de uma ''cantada barata'' [sic] percebo uma repressão feminista perigosa, na qual precisamos ter o devido cuidado sobre o que se pretende com esse texto. Desde os primórdios da humanidade, Elayne Moura, na Pré-história os homens foram homens por natureza. Eles caçavam e as mulheres colhiam frutos, cuidavam dos filhos e da criação. Muitos morriam durante as caças. Depois da descoberta do ferro veio a Era Antiga e os homens guerreavam entre si e não havia guerreiros mulheres, em 476 a.C. Com isso a morte de homens era numerosa e inevitável. Na Era Cristã havia os gladiadores, todos homens. Na Idade Média havia os Templários, também homens. Na Era Moderna tivemos as revoluções e as descobertas de novas terras, todas feitas por homens, que morriam ou em batalhas ou doenças. Veio a Era Contemporânea e depois a Revolução Industrial, sempre com o homem batendo de frente com sua natureza masculina, para que hoje os homens atuais pudessem existir. Esse aconselhamento permeia dois tipos de situações, a meu ver, repressoras e que pode refletir no homem do futuro, tal qual está sendo refletido nos homens da Europa atual. Não condeno o ato de rezar, pelo contrário, o homem sem Deus não é nada senão um ser vivente sem direção na vida. Contudo, um homem tolhido de sua masculinidade natural perde sua essência de conquista e capacidade de escolha. Não é sensato usar dessas expressões castradoras aos homens de boa vontade, pois são homens antes de tudo, e agem como homens. Ninguém sabe quem é de fato a "alma gêmea" de si, a "cara-metade", portanto, entre rapazes e moças há sim a necessidade da conquista, do despertar de paixões, do diálogo e também do rompimento de relacionamento. Isso faz com que rapazes e moças se conheçam, despertem em si suas habilidades de sedução (no sentido honesto da palavra), desperta o interesse, a dúvida, a vontade de conversar mais, e desenvolver a paixão. Na mitologia grega (1.100 a.C), já se fazia a referência dos sátiros, que eram rapazes travessos e namoradores. Em toda história, nunca se teve uma repressão do homem para que deixasse de agir como tal. E as moças preferem conhecer aquele que se mostra inteligente, sensato, que saiba conversar e se torna interessante. Sendo assim, já pedindo desculpas pelo tamanho do texto, se em sua contextualização houvesse ponderações, ao invés de repressões, certamente seria benéfico e coerente para ser seguido pelos homens católicos, levantando neles não só o interesse de paquerar e conquistar, como também a responsabilidade de cuidar da paixão decidida. Pense nisso, afinal não queremos meninos se envolvendo com mulheres, já que as meninas amadurecem emancipadamente, isto é, primeiro que os homens. Atenciosamente,
Rodrigo M Caldeira - Brasília - DF