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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Desde 2008 - 716.000 visualizações em todo o mundo. Diário pessoal aberto, onde se pode ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, vislumbrar reflexões psicológicas, sociais e até pessoais.

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Camões talvez tenha se confundido com o amor...

29.12.19, Rodrigo Caldeira

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Me cansei de lero-lero, como já dizia Rita Lee em sua música "Saúde", e vim aqui reivindicar a atenção para o poema de Luís Vaz de Camões, em que, ousadamente, me oponho à sua interpretação. Poderia dizer que, à época de sua composição literária, nos anos 1.500, a humanidade não tivesse uma segunda definição para os sentimentos, cuja palavra "amor" servisse para definir todo sentimento de cumplicidade e envolvimento entre pessoas. Possivelmente, Camões, não errou ao expressar-se sobre o amor como toda a versão dos sentimentos naquela época, mas na era moderna, essa definição já deveria ser remodelada. O soneto é lindo, de fato, mas não está atualizado, convenhamos, e vou mostrar o motivo. Primeiramente vou apresentar o soneto, retirado do blog "Cultura Genial", sob a análise de "Rebeca Fuks", doutora em estudos da cultura. 

Amor é fogo que arde sem se ver é um soneto de Luís Vaz de Camões (1524-1580), grande escritor português, autor de Os Lusíadas (maior poema épico da língua portuguesa). Camões nasceu em 1524 e morreu em 1580, provavelmente, em Lisboa.

  Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor

Então, como se pode ver, Camões não está falando o Amor propriamente dito. Acalme-se, não se antecipe em me julgar, estou fazendo uma análise sem drama. Camões está se referindo unicamente à "paixão". Só e somente só a paixão provoca na pessoa toda essa reação. O amor é contemplativo, é consciente, é brando, pleno, perseverante, justo e acolhedor. O amor é fogo permanente, mas não é ferida que dói, porque o amor é a cura que restaura. O amor não é dor, é anestésico. Por amor cristãos foram devorados pelos leões, queimados vivos, torturados. Por amor os pais suportam as limitações do filho, sua deficiência, sua anomalia. É o amor que abranda a dor. O amor não se prende, é livre por sua natureza e não serve o vencedor, porque o amor é a própria vitória, não serveria a si mesmo, nem se quisesse, porque o amor é doação, é entrega, é multiplicação de socorro, de cuidados. O amor não é solitário, porque o amor contagia, conquista corações. Tudo o que Camões está se referindo é à paixão, e nada mais. E eu já abordei sobre isso em 03.10.2016, em resposta a um e-mail de um(a) leitor(a) do blog. Lá eu discorro detalhadamente sobre a paixão, então pode valer a pena conferir: Amor X Paixão.

Conselho de uma mulher que viveu com misógino.

21.12.19, Rodrigo Caldeira

bandeira homem x mulher.jpg

Em 04 de Agosto de 2012 levantei a bandeira contra um mal, que vem acontecendo desde sempre, tornando mulheres vítimas de um poder persuasivo cruel e aniquilador de suas forças, do amor próprio, da alegria de viver - principalmente como companheiras de alguém, a quem elas sentiam grande sentimento de lealdade, amor e compaixão. Neste ano de 2012 fui procurado por uma mulher, aqui no bairro onde moro, e toda minha relação com ela aconteceu via whatsapp. A história dela e o motivo de me procurar me chamou a atenção. Ela era uma mulher belíssima, com vigor e próspera. Jovem e de família estável financeira e socialmente conheceu um sujeito com menos posição social, sem formação acadêmica, um autêntico Zé-Ninguém. Se apaixonou pelo cidadão e por sua causa, seus anseios. E no calor da paixão, além do sentimento Robbin Hood de querer se solidarizar pelos mais necessitados, disse que ia parar de estudar na faculdade, para pegar o dinheiro que os pais depositavam na conta dela, e pagaria cursinhos para concurso para o namorado crescer, e ser bem visto pela família dela. Bom, o cara passou num concurso básico, de nível médio, e com isso foi se aperfeiçoando com o dinheiro dos pais da namorada. Se casou com ela e os anos se passaram, conseguiu se formar e passar num concurso, que jamais teria conseguido se não tivesse a bem aventurada ajuda financeira da amada. Feliz em ver seu marido bem de vida, aceito por sua família, aliás, aceito até demais, em que ele se tornou exemplo de pessoa, ela, por sua vez foi perdendo o vigor, a alegria de ser quem era, já que seu marido gostou da ideia de ser bem recebido pelos familiares da esposa. Gostou mais ainda de ser um cara de respeito e dela ser preguiçosa e não ter objetivos na vida. Que graças a Deus ele se casou com ela e deu um sentido em sua vida. Ela não podia falar dos desvios que fez com o dinheiro da família para que ele crescesse, porque era um Zé Ninguém, não tinha coragem de trabalhar nem de estudar, e foi graças à ela que ele se endireitou. Graças às brigas que ela fazia para ele acordar pra vida, graças às insistências, à paciência, à postura de mulher desbravadora que o fez se endireitar e seguir o projeto dele ser alguém, pois assim ela pensava que ele poderia investir nela posteriormente. Ledo engano. O cara se revelou um hipócrita, um malfeitor, e assim que se posicionou num cargo bom, de um bom salário, passou a massacrar todo o amor próprio da esposa, fazendo-a sentir-se culpada, um peso na vida dele, um problema. Nela fez um filho, depois dois, depois três. Determinou que ela ficaria em casa, que não estudaria e muito menos trabalharia. Frustrada e amedrontada passou a comer por ansiedade, desconformada e já gorda, passou a sentir-se uma desvalida. Então comecei a orientá-la sobre o que fazer, aos poucos, gradativamente. Passei a resgatar sua autoestima, seu autovalor e sua força, coragem, projetos e determinação. Estava a ponto de ver suas asas se abrindo e revelar à família o que de fato aconteceu, até que numa discussão ela se pronunciou sobre as orientações que estava recebendo, que estava se sentindo melhor, que estava se amando mais e blablabla - coisas que mulher fraca fala quando deveria ficar calada e agir em silêncio. O resultado disso foi que ele tirou dela o celular, o carro, doou suas roupas e vestidos sociais e encheu seus ouvidos de lamúrias, do quanto ela é ingrata e uma péssima pessoa. Sem poder ajudá-la fiquei impotente diante disso, e passei a levantar essa bandeira contra homens misóginos, esses malditos lobos em pele de cordeiro. Não bastasse o ocorrido, assisti o filme "Homens que odeiam as mulheres", pelo qual interessei-me e para minha surpresa tinha um viés de misoginia no enredo. Com o post "Você sabe o que é um MISÓGINO?(04.08.2012) percebi que muitas mulheres se identificaram com o tema, muitas se pronunciaram anonimamente, em que hoje tem-se 87 comentários neste post. Para se ter uma ideia de como é difícil ter um comentário num post, é possível validar que a cada 100 leituras ocorra 1 comentário, com conteúdo bastante que passe de três linhas digitadas. Então, 87 comentários é um resultado muito satisfatório, mas que infelizmente vem de experiências sofridas. Depois continuei batendo nessa tecla com o post "Misógino, como abordá-lo" (12.11.2013), seguindo nessa bandeira a cada vez que conhecia alguma mulher, que me procurava por e-mail, com o post "E por falar em misógino..." (10.12.2013), "A mente não mente!" (02.06.2014) - que faz referência sobre o tema, "Tropeços femininos" (18.01.2015) - que faz referência aos misóginos e também às mulheres que odeiam homens, as misândricas, isto é, mulheres que sofrem de misandria: Ou seja, mulheres que têm aversão ou ódio aos homens, "Aos homens misóginos, a desesperança!" (31.03.2015), "Sentimentos Perdidos" (28.07.2015) - que faz referência sobre o tema, "Transformações do Sofrimento Psíquico com Christian Dunker" (02.08.2015) - que faz referência sobre o tema, "Misandria, mulheres que têm raiva de homem" (20.11.2015) - novamente levantando a questão de mulheres misândricas, que deveriam viver com os misóginos, por merecimento, "Viciados na Solidão" (23.11.2015) - que cita sobre misóginos. Então, hoje, ao acordar - como sempre faço, olho os e-mails e as mensagens de whatsapp, procurando por algo de minha família, em especial de minha mãe e meu pai e algumas poucas pessoas a quem admiro e considero saber logo o que enviaram para mim, além de minha irmã. No e-mail estava um aviso de um comentário sobre o post "Aos homens misóginos, a desesperança!", que, por causa desse comentário é que vim aqui abrir este novo post - que serve também como cronologia desse tema abordado no blog,  e que vou expor todo o conteúdo escrito por uma mulher que foi casada com um misógino, e conseguiu se libertar, deixando um valioso legado de sua alforria, orientando a quem preciso for e de maneira direta como se posicionar diante um homem misógino. Segue seu comentário assinado anonimamente:

Anónimo
21.12.19

Fui casada com um misógino por 15 anos, e ele minou todas as áreas da minha vida, destruiu minha autoestima e absolutamente tudo que eu gostava de fazer parei por causa dele. A boa notícia é que consegui me libertar desse relacionamento que estava acabando comigo. Foi muito difícil a princípio, pq já estava dependente emocionalmente dele. Ele tentou me colocar medo, quando quis me separar, dizendo que (eu) não acharia apoio de ninguém, que não conseguiria pagar as contas sozinha... o misógino usa do dinheiro para tentar prender suas vítimas, no meu caso, o meu por diversas vezes tentou desmerecer meu trabalho, quase não me formava por causa dele, ele ficou muito agressivo próximo a época da minha formatura. Se alguém quer se separar de um misógino faça logo, não espere por absolutamente nada. Não diga a ele que vai separar, não dê a ele a chance de desistir e sentir-se culpada. Simplesmente separe, corte ligações com ele de todas as formas, ele vai usar de tudo e de todos para se reaproximar de vc. Se precisar se afaste temporariamente de pessoas que mantém contato com ele. O misógino vai usar dos amigos, parentes, de todos à sua volta pra tentar te atingir. Não espere bondade da parte dele, uma vez separada ele vai fazer todo o possível pra lhe ferir, desestabilizar e fazê-la sentir culpada. Vai tentar convencer aos outros que o problema é vc. Não se intimide, continue firme, não queira notícias dele. Vai ser difícil, uma vez que já estará fragilizada pelos anos de tortura no convívio desse monstro, monstro sim, são pessoas sem coração, sem empatia e se alimentam do sofrimento de suas vítimas. Uma vez separada, aos poucos vai conseguir ritimar sua vida, eu retomei e voltei a fazer coisas que gosto - e nem lembrava mais como era bom. Retome de onde parou antes de conhecê-lo, se for preciso recomece do zero, não tem problema, ruim mesmo é ficar em uma relação que te leva para trás. Vai ficar orgulhosa de si mesma quando perceber o quanto foi forte em conseguir sair de uma relação assim, pois muitas mulheres não conseguem. E vai sentir a alegria de pertencer a si mesma outra vez, e de ser livre. Espero voltar aqui pra contar detalhes dessa minha antiga relação, muitas mulheres poderão se identificar. Boa sorte e acreditem: vcs podem e podem muita coisa. Boa sorte
 
Com esse depoimento carregado de emoção dessa mulher guerreira, espero que outras mulheres repensem suas vidas, seus valores, seus objetivos e sonhos roubados, e partam para o ataque, para o tudo ou nada silenciosamente, firmes e inegociáveis de seus recomeços. Muitas se acovardam por medo, mas a maioria se silencia por causa da segurança financeira, vendem suas almas e vivem suas derrotas caladas, fracas e impotentes. Como ela bem disse, vocês podem, e podem muitas coisas. Será muito difícil, sim, mas a liberdade é um direito que vale a pena lutar. 

 

Quer ser assaltado? Vá ao aeroporto.

09.12.19, Rodrigo Caldeira

Há tempos que viajar de avião não é mais um feito de luxo. Hoje em dia é mais uma opção de locomoção. Lembro de quando meus pais viajavam pela Varig, naqueles aviões com turbina de hélices, e o serviço de bordo era digno de foto para postar no Instagram, se fosse hoje em dia. Talheres bem acabado em inox, com o emblema prensado da companhia aérea nos cabos, pratos de porcelana e alimentos deliciosos, com direito à sobremesa, em que a colherinha também era em inox com o logotipo prensado no cabo. Guardanapo em algodão, coisa fina mesmo. Foi um tempo no passado, como muita coisa que passou e era de difícil alcance. Porém, atualmente, viajar de avião tem sido necessidade, para alguns se tornou até cansativo de tanto ir e vir nesse transporte. Em 2005 fui um desses que já não aguentava mais fazer uso de aviões para ir nos lugares a trabalho. Viajei por cerca de 64 vezes durante esse ano, em que pensar em viajar de avião me causava estresse e irritação, porque queria praticidade, do tipo, bora fechar essas portas, deixar de muita apresentação e pegar o beco logo. Isso mostra que viajar de avião não é mais item de diversão, senão de mero meio de transporte. Entretanto, não é o que as empresas que mantém seus negócios nos aeroportos perceberam. A cultura de lojas, cujo nomes ninguém nunca ouviu falar nem viu em outro lugar, senão nos aeroportos, é a de assaltar os passageiros com preços surreais dos seus produtos. Uma verdadeira roubalheira descabida, em que até franquias como a SubWay se deu a fazer parte do conluio com essas lojas inescrupulosas. Você poderá encontrar no aeroporto de Guarulhos, no terminal 2, onde os passageiros ficam reféns de lojas ladras, cujos preços são verdadeiras aberrações, a exemplo temos: Batatas Chips de 165gr da Elma Chips por R$ 15,00 (US$ 3,61), quando o preço geral está cinco reais. Água mineral de 350ml por R$ 5,00; quando o preço geral está em dois reais. Cabo para carregar o celular por R$ 168,00, quando o preço geral está em vinte e cinco reais e carregador a R$ 257,00, quando o preço geral está em trinta reais - os modelos que se encontra no comércio popular. Caixa de bombom Garoto por R$ 29,00, quando o preço geral está entre seis e oito reais, a um tablete de Hall's por R$ 8,00, quando o preço geral está a dois reais. Na franquia da SubWay, cujos preços são acessíveis em todo o território nacional, o mesmo sanduíche de 15cm que custa quase dez reais, lá nesse terminal custa a partir de R$ 26,00. Você encontra cafezinho contendo 25ml a R$ 8,00 e um pão com manteiga na chapa por R$ 15,00. O famoso e prático pão-de-queijo a R$ 5,00 cada - num tamanho menor que um sabonete. É uma cultura do roubo, da exploração, do constrangimento ao passageiro, que não tem a opção de se alimentar sem ser extorquido. Não obstante, essa cultura do roubo, da exploração, de tornar o cliente refém se estende às administradoras dos aeroportos, como há no aeroporto de Brasília, em que todos os pontos possíveis e imagináveis de estacionamento público foram demarcados, fechados ou interrompidos, forçando a todos os motoristas a usarem os estacionamento pago a R$ 15,00 a fração, ou seja, não importa se o sujeito ficar 15 minutos, pagará o mesmo valor que o outro ficar por uma hora. E ainda contam com a parceria do DETRAN e da Polícia Militar nessa armação, cuja pistas públicas foram invadidas para ampliação do estacionamento. São assuntos que ninguém se manifesta em protesto, ninguém fala nada, porque possivelmente há grandes corruptos políticos se beneficiando disso, como parasitas, que não aceitam contribuir com a cultura da honestidade nem dos bons costumes. Enquanto houver passageiros que paguem pelos produtos e serviços desses ladrões travestidos de empresas, a cultura do assalto nos aeroportos permanecerá por muitos anos.

Mulheres à venda.

07.12.19, Rodrigo Caldeira

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Há muitos anos acompanho sites de relacionamentos de toda espécie. Há sites e apps de namoro, casamento, encontros sexuais, orgias, traições conjugais, uns que não identifiquei o sentido de existirem, mas todos com a mesma bandeira de fazer novas amizades. Nos sites de traição conjugal se vê de tudo, desde mulheres sofridas precisando de uma válvula de escape àquelas que amam seus maridos, mas sentem necessidade de traí-los. Tanto uma, quanto outra são hipócritas e totalmente sem caráter, igualmente aos homens que levam consigo o mesmo conceito. Nos sites de encontros sexuais se vê toda espécie de ser humano, da escória excluída pela sociedade à ninfetas ninfomaníacas ou mesmo das que querem trepar virtualmente. E dessas mulheres se vê beldades, mas que nunca se encontram com ninguém, porém expõem mais do que seus corpos na webcam, como também seus rostos, fotos em família e toda intimidade possível. São pessoas perdidas, vazias, sem pudor nem compaixão consigo mesmas. Sites de orgias não consegui ficar por mais que alguns minutos, porque parece que você dá um mergulho nu num aquário cheio de piranhas (peixes), só esperando ser trucidado pelas bocas famintas... é nojento. Há os sites bem comerciais, em que homens são colocados no carrinho de compras, mas o site diz que se trata de adoção do sujeito pela mulher, digamos, independente. Na verdade, esse tipo de mulher que frequenta sites assim, só estão "adotando" caras que abusarão delas por um tempo, depois as deixarão. Os sites de casamento mistura tudo ao mesmo tempo, em que muitos casais se oferecem para suas orgias particulares, muitas mulheres buscam trair seus maridos e vice-versa, além das prostitutas que vendem seus serviços a quem nada consegue atrair nesses lugares. Os sites de namoro, amizade e encontros não fogem à regra, acrescentando a participação de travestis, transsexuais, homossexuais e toda espécie de opção sexual alternativa. Mas de uns anos para cá tenho notado uma nova categoria de relação online, que são as "Sugar Baby ou Sweet Girls", fortemente patrocinadas pela Rede Globo em suas novelas nefastas e alienantes, que promove a ideia de mulher ser mimada com bens materiais por homens com condições para isso. Ao estilo Christian Grey e Anastasia Steele em 50 tons de cinza, em que se vê belas moças se oferecendo para relacionamentos com "Sugar Daddy", num claro conceito de prostituição romantizada. Essas moças são, nada mais, do que garotas de programa iniciante, disfarçadas de meninas de família, mas não passam de prostitutas de luxo, que têm preguiça de trabalhar, de estudar, de correr atrás de seus projetos de vida, se vendendo para qualquer estranho que as banque em seus deliquentes mimos e ganhos. Se já não são acompanhantes profissionais assumidas, estão estagiando para isso sendo Sweet Girls. No fim das contas, os sites contendo milhares de mulheres e homens disponíveis para relacionamentos de toda espécie, principalmente aos relacionamentos sérios, pode-se afirmar que 2% diz a verdade na busca de ter alguém na vida, a fim de amar e fazer uma bela história a dois. Também dá para afirmar que cerca de 3% diz a verdade na busca de ter alguém na vida, mas está de olho na segurança financeira que terá. Se percebe essa qualidade de gente nas perguntas iniciais como "O que você faz da vida?" ou "Qual a sua profissão?", também em perguntas descoladas como "Você mora onde?" ou "O apartamento é alugado?", enfim, são perguntas inocentes que surgem no meio do diálogo, mas que tem um bom e velho interesse socioeconômico por trás disso. O resto é oba-oba, pornochanchada, feira livre e toda porcaria que possa existir. Todas as mulheres passam pelo mesmo ciclo de desgraça pessoal, enquanto novas escolhem demais, quando se decidem são iludidas, engravidam e se tornam mães solteiras, algumas voltam para os sites para seguir no rodízio da churrascaria, outras aprendem a lição e seguem suas vidas mais comedidas, até porque são mães solteiras, cujas responsabilidades sobrecaem em seus ombros, sem perdão. Enquanto na entressafra da idade cometem o mesmo erro nas escolhas e, se já não são mães, se tornam e caem na mesma vala das demais. Enquanto maduras estão desiludidas, jogaram o tempo de juventude e jovialidade no lixo com relações fúteis, não construíram nada e começam a aceitar qualquer proposta de caras que também não conseguiram se firmar ao longo de suas vidas. Nesse momento é que essa mulheres se tornam reféns de homens sádicos, misóginos e controladores. E enquanto quase idosas se vêem totalmente desiludidas, frustradas e viciadas em drogas para dormir, porque perceberam que a vida não tem segunda oportunidade, e as oportunidades que tiveram foram desperdiçadas. Na categoria das que preenchem os 2% das que buscam, de fato, alguém para se relacionar, possivelmente 80% mantém seus perfis ativos ou camuflados nos sites de relacionamentos, na expectativa de encontrar algo melhor ou mais vantajoso para se relacionar e trocar de parceiro. Lembrando que do lado masculino também acontece a mesma coisa. Então, por fim, se relacionar com mulher que se cadastra em sites de qualquer tipo de relacionamento será sempre um desafio, em que pesará o caráter e o real comprometimento com a parte que chega em sua vida. Enquanto isso, as estagiárias à garotas de programa seguem consumindo homens velhos, exercendo fielmente suas novas profissões como prostitutas assumidas. Estas são como a galinha que bota o ovo e depois quebra a casca para se alimentar da gema e da clara, ou seja, não tem futuro, nem se pode fazer projetos de vida com elas, não prestam para mais nada, senão serem compradas e usadas até enjoar.