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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Se trata de um diário pessoal aberto, onde as pessoas podem ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, reflexões psicológicas, sociais ou pessoais.

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Se trata de um diário pessoal aberto, onde as pessoas podem ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, reflexões psicológicas, sociais ou pessoais.

Não que eu queira

19.04.10, Rodrih

 

Eu já disse para mim mesmo
Eu já deixei claro que não quero mais

Eu faço tudo direitinho para que não aconteça

Eu me sinto desgastado e fragilizado quando isso se repete

E já não sei o que fazer

 

E isso estraga meu ânimo

Destrói minha auto-estima (que já não está lá essas coisas)

Arregaça o meu dia, minha pouca alegria de viver

 

Será que por culpa do meu cérebro?

Como será que isso acontece?

Será que por influência de lá pra cá?

De onde vem tudo isso que é tão ruim?

Será que é porque sou mais fraco?

Por que isso não se vai logo de uma vez?

 

Só quero parar de sonhar com o ex amor

Deixá-lo livre para voar como planejou fazer outrora

Deixar-me livre para seguir meu caminho em paz

Só quero poder dormir e acordar sem mais sofrimento

Longe dessa tortura desgastante

 

Sempre está lá, isolada, triste, amargurada

Sempre estou perto, pesaroso, ansioso e com saudade

Ela sempre está silenciosa, quieta, muda, incerta

Eu estou sempre em movimento, observando seus sentimentos

Calada, me olha sem me olhar como quem diz venha, não fique, vá

E eu não sei como interpretar, mesmo dentro do sonho não sei como fazer

Tudo acontece dentro do silêncio, um clima morno-frio, inexpressivo, morto

Nunca ela está para mim, sempre estou por ela

Uma vez ela se achegou em meu peito e ficou, nunca me abraçou,

nunca me beijou

Hoje porém foi a primeira vez que ouvi a voz sair de sua boca

disse-me que estava triste e cansada de viver essa vida solitária, se sentia explorada por seus pais, seus familiares

Até que entrou um estranho e rompeu nosso flerte,

nosso princípio de conversa

tal estranho pegou-nos em nossa intimidade que há muito não existe mais

ela de calcinha e camisetinha na cama de solteiro ao lado da minha

eu sentado na cama de solteiro dela, próximo de sua boca, mas não para beijá-la e sim tentar escutá-la de tão baixinho que falava

Então ela olhou para o estranho, seguiu direto com seus olhos para mim (aquele olhar de "ops" que as esposas fazem aos seus maridos... o único momento de tantos sonhos em que me senti alguém próximo dela, do ninguém que eu sempre aparecia nos sonhos) se incomodou com o estranho, se virou, se cobriu, se levantou

Percebi que no lugar dos seus seios, sob a blusinha havia um peito de menina, sem seio ainda,

estranho vê-la como uma criança e não como mulher

mas sempre como uma pessoa distante, não alguém qualquer

E pus o estranho para fora do quarto do modo agressivo-educado

Para acordar pensativo, um pouco triste, melancólico, caído, cansado, exaurido, com saudades, distraído

Cá estou agora perturbado e destruído.

 



Vá ex amor, vá-te embora, voa para o alto, suma

Não deixe suas penas caírem sobre mim, não sinta pena

Da pena que sinto de mim, vá, me liberte sumindo

Me alivie do peso de sua existência
Morra nos meus sentimentos, faleça nos meus pensamentos

Eu só quero viver em paz

Vá ex amor, vou-me eu preciso ir e não olhar para trás.

 

 

Rodrigo Caldeira


Extremamente reflexivo, tentando entender a realidade que passou e a confusão que aconteceu. Imensamente introspectivo, sem saber se o que lembro é fantasia, se montei criativamente  os cenários ou se realmente aconteceu e não consigo acreditar. Profundamente entristecido, pois já não sei se eu fui mais uma vítima de uma mente insana ou se eu fui a mente insana e o vilão de toda a história. Absolutamente confuso, preocupado com o meu racional, meu intelecto, moral e caráter. Será que sou eu quem faz o mal às pessoas?