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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Desde 2008 - 716.000 visualizações em todo o mundo. Diário pessoal aberto, onde se pode ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, vislumbrar reflexões psicológicas, sociais e até pessoais.

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Coisas que ainda vou fazer nesta vida...

05.07.15, Rodrigo Caldeira

Eu sempre trago comigo a esperança de poder fazer as coisas que eu sempre quis, mas nunca pude fazer, talvez por falta de oportunidade, coragem, estímulo, traumas ou mesmo porque o tempo foi mais rápido do que eu. Quanto a isso eu não ponho muita fé, que, muito embora eu tenha passado dos 40 ainda estou longe dos 50, e mesmo que estivesse perto ou passado dessa idade, nada pode me inibir ou me dizer que não devo viver minhas vontades. Vejo meu cunhado, o cara é novo - bom, pelo menos mais novo que eu uns seis anos, então tá numa idade top, e está lá ele casado, duas filhas e uma esposa de fazer um homem sentir orgulho sim, mas... está lá, não pode sair e fazer o que bem gostaria, até porque a mentalidade muda também, acho que de tanto se anular e ter que focar em levar o conforto, a educação e o bem estar à família o cara muda a cabeça. Eu, sinceramente, passei dessa fase e não consigo me ver nesse sacrifício todo. Não seria por egoísmo, mas essa fase altruísta em mim passou, e foi muito mal aproveitada, bem dizer desperediçada e até amaldiçoada. Então passou.. e bem que eu tentei. Não consigo me ver cuidando de cachorro, como muitos moradores aqui fazem andando com um saquinho plástico na mão e o pet na coleira, de prontidão para coletarem seus dejetos, não, isso não é pra mim, é muita falta do que fazer um ser humano se dar a esse ato. E olha que tem alguns que têm cachorro do tamanho de um criado-mudo, imagine o que seu dono se propõe a catar... AFF, pra mim isso é fora de questão. Como também não me vejo trocando fralda de nenem, aliás, nem me imagino como eu me vestiria para fazer isso, nesse caso confiaria à robótica um andróide que se desse a esse ato heróico. É, acho que de tanto me forçarem a não me realizar como esposo e nem como pai, hoje não me vejo nem numa situação nem noutra. Mas mesmo assim sonhos ficaram de lado, não vivi nada, só colecionei memórias. Ainda quero dominar pelo menos duas línguas estrangeiras, quero poder fazer trilhas continuamente, descer de rapel, pular de cachoeiras. Ainda quero ir numa festa rave e dançar até as pernas não aguentarem, mesmo que eu pareça ridículo, até porque ninguém fica ridículo numa rave. Viajar de jipe e chafurdar lama. Viajar de bicicleta e largar a bike onde eu cansar e voltar de ônibus. É, não sou apegado a coisa material. Fazer musculação até cansar de ver meu corpo crescer. Aprender a dançar qualquer coisa, quero pescar num rio desses e distribuir peixes pra quem tiver na frente. Tenho vontade de aprender a tocar o bendito violão, e isso vai ficar por último. Quero aprender a arte do grafite e grafitar algumas paredes com a arte que explode em meus pensamentos. Também quero aprender a fazer pelo menos um vaso de barro, então olaria também faz parte dos meus planos de realização. Quero ler pelo menos uns cem livros, um atrás do outro, e sei que isso ficará para depois de aprender a tocar violão. Eu poderei fazer tantas coisas sem proibição, sem obrigações acessórias, simplesmente porque assim quis o destino. Quero saltar de páraquedas e planar de ultraleve, também quero voar num paraglider com um motor preso nas minhas costas. Não almejo viajar para o exterior, ainda mais que o bicho está pegando para qualquer lugar fora daqui. Por fim, já lá pelos meus setenta anos quero ir morar num mosteiro... eu acho.