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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Se trata de um diário pessoal aberto, onde as pessoas podem ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, reflexões psicológicas, sociais ou pessoais.

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Destino ou Dívida? Ou Destino de Dívidas? Eis a questão...

24.07.15, Rodrih

Há muito tempo escuto que os acontecimentos oriundam das casualidades, que tudo o que nos ocorre é fruto de ações que nós mesmos fazemos, decisões e iniciativas que tomamos, e isso difere uns de outros. Mas será mesmo? Será que estamos vivendo uma vida pelo acaso das coisas acontecerem? Eu não sei se acredito no acaso. A cada dia que passa eu observo as coisas e elaboro minhas opiniões sobre o destino, que, mais precisamente eu denomino como "Destino de Dívidas". Não sei se vou conseguir expor meus pensamentos com a mesma originalidade que eu consigo refletir sobre isso, mas vou tentar. Não sei se eu mencionaria vidas passadas, mas menciono que de alguma forma não muito bem explicável vivemos uma vida baseada no destino de dívidas. Cientístas da física quântica dizem que há um "eu" meu chamado "duplo etérico", em algum lugar não sei onde, que está alguns segundos à minha frente (universo paralelo, ou multiverso), por outro lado há quem fale que em outra vida você pode ter feito algo que deixou dívida para esta vida, trazendo à tona a ideia de que o destino está ligado às reencarnações do indivíduo. Eu meio que defendo a ideia de que nem todos temos destinos concluídos e isso faz uma diferença entre o multiverso e a reencarnação, porque isso tira de lá do universo paralelo e daqui da reencarnação o poder desses dois pseudo-fenômenos, deixando a pessoa ter a vida simplesmente neutra, sem nada previsto para acontecer e sem dívida alguma para arcar. Já enquanto outras, geralmente as que têm tudo dando errado em suas vidas, estas estariam destinadas a viver assim por conta de dívidas feitas, senão por elas, quiçá por alguém da linhagem delas. É, eu acho uma injustiça, mas nem sei se o que estou dizendo faz realmente sentido, já que quando pensamos uma coisa temos um conceito, mas quando decidimos escrever, aí a coisa muda de figura e parecemos bobos ou loucos falando de algo que não tem o menor nexo. Mas tem, muito embora não vou me aprofundar muito, porque senão eu piro de vez, acho. Mas partindo do princípio que eu sendo cristão católico tenho a informação de que Cristo veio ao mundo destinado a morrer crucificado para a salvação dos pecadores... oras, se o Deus de minha fé e religião veio com o destino de ser morto na Terra, não seria viagem minha pensar que o destino de dívidas existe! Ou pelo menos o destino em si, senão Cristo não teria vindo para ser humilhado e tal. E Ele não teria dito "Está consumado" no momento de morrer na cruz. Nem Maria de Nazaré seria destinada a ser mãe de Cristo, já que ele poderia surgir e pluft, surgiu, tipo, plim "tô aqui". Nem José e por aí vai. O trem é cabuloso. Há pouco morre um cantor jovem chamado Cristiano Araújo, que do nada morre e ainda leva a menina que namorava, que a conheceu num churrasco na casa dele e a funcionária dele levou a amiga, e ele acabou a conhecendo e tchum, começaram a coisa toda. Ele, cantor, pegador e de repente se firma com a guria. Ela, novinha, morre junto com ele. Piração isso ou a coisa pede uma atenção maior? Pois'é... Enquanto a gente se arrisca nas estradas, quase bate o carro ou o ônibus de viagem quase sai da pista porque o motorista estava cochilando intermitentemente, mas todos chegam no destino e a vida continua, o cara morre assim, do nada, num carro luxuoso, com motorista e tudo o que pode-se imaginar de atenção. Isso é muito doido. Eu namorei uma garota de Maringá - PR. Eu era simplesmente louco apaixonado, virado do avesso e arreado nas quatro rodas por ela, ainda que sua família detestável me excluísse (coisa de gentinha pequena), então eu arriscava viagens de carro de Brasília ao Paraná, dezoito a vinte horas dirigindo sem descanso, eu só queria chegar, só queria estar com a garota. Foram diversas oportunidades que eu não chegaria à Maringá, e também nunca mais voltaria para Brasília por causa dos riscos que corri nas estradas, viajando de madrugada, com animais atravessando a estrada, acidentes acontecendo bem adiante do meu carro, e até mesmo minhas imprudências como cochilar na direção - pelo cansaço e teimosia de não querer parar e chegar logo. Escapei de seis acidentes, certamente fatais e de colisão frontal com carros ou caminhões. E derrapagens à parte, carro entrando no milharal, tudo por causa de uma garota que reconheceu meu valor aos beijos com um bombadinho de sua cidade. E eu não morri. Morri ao saber que tudo que fiz não valeu a pena. Então meu destino de dívida fosse sofrer perdas. E nisso eu sou PHD, posso dar aula em Universidade Federal. E mais do que perder, tenho que me manter calado. Hoje, aqui, foi uma exceção. E geralmente, essas pessoas que passam por situações assim são justamente aquelas que se ferram no dia a dia, quer nos relacionamentos, quer no status, quer no dinheiro. Por que assim? Enquanto o cantor prosperou e morreu, de que adiantou prosperar então? Eu, volta e meia falo porque tô observando as coisas, mas tá... eu falei que era complexo, deixemos isso pra lá, bora viver a vida que o destino já traçou nossos caminhos, com dívida ou não, destinados ou não, vivamos, pois.