Flores na janela, vasos ao chão
Este post que farei agora é um daqueles raros momentos que nós homens temos coragem de fazer, porque é algo estritamente íntimo, muito embora possa vir a ser libertador refletir sobre cada ato vivido. Flores na janela, vasos ao chão é uma autobiografia amorosa na qual pretendo lembrar das flores que enfeitaram a janela da minha vida, como também dos vasos que caíram ao chão, cujas flores tive que vê-las morrer sem nada poder fazer para salvá-las. Também agradecer por cada perfume que exalou na janela atraíndo toda sorte de beleza, e também de experiências. E é assim que vou começar essa história... com a Ana Rita, em 1982, uma das meninas mais lindas que meus olhos puderam ver em São Paulo. Eu tinha 12 anos, quando o filme E.T estava no auge e eu passava uns dias no apartamento de luxo no Itaím Bibi em São Paulo, na casa do Yuri, um dos eternos e raros amigos que tive, e este tinha uma vida dos sonhos que eu nunca poderia ter nem se eu quisesse ou nascesse de novo. Foi minha primeira manifestação de paixão que me rendeu a maior vergonha de todos os tempos na minha vida. Eu, um moleque que nunca tinha beijado na boca (nem no rosto) de uma menina falei ao Yuri que estava apaixonado ou que queria beijar Ana Rita. Yuri prontamente se desdobrou para buscar a menina mais bela daquele condomínio, e ele, o Yuri era não só o riquinho mais afortunado do prédio, mas era um garoto de rara beleza. Por um momento eu me iludi que conseguiria um beijo da menina dos meus sonhos, e um beijo na boca, logo eu, um garoto de doze anos que mal tinha uma bicicleta BMX, que comprei lavando o carro do meu pai e de alguns vizinhos do bairro de Santo Amaro, no Brooklin em SP. Enquanto eu tinha 8 carrinhos de ferro, o Yuri tinha 360 de todos os tipos e cores. Enquanto eu nem sabia o que era um video-cassete, o Yuri tinha games eletrônicos que nunca vi nem nas lojas, e enquanto eu só conhecia a cidade de Paracatu-MG e Brasília-DF, locais de meus familiares, ele fazia dos Estados Unidos seu quintal. Foi no apartamento de mais de 200 metros quadrados de seus pais que conheci o sabor de uma pêra madura. Um sonho! Toda vez que mordo uma pêra sou arremessado para dentro do apartamento do Yuri. E lá vinha Ana Rita, linda, maravilhosa com o Yuri e uma penca de colegas querendo ver a cena do beijo. Então a minha ficha caiu, vi que eu não tinha cacife para uma menina tão linda, e corri. Passei horas debaixo de um carro na garagem escondido de tanto medo de estar frente a frente com Ana Rita. Foi terrível, eles me caçaram por todo o condomínio e quando desistiram de me procurar já estava escurecendo. Foi o primeiro vaso de flor que tentei pôr na minha janela e eu nem sei se iria ficar por muitos minutos enfeitando minha vidraça, e logo soltei-a ao chão sem ter coragem de olhar para baixo. Foi aos doze anos que eu aprendi a lição de que para eu ter uma menina bonita comigo teria que ser mais do que gente, e sim teria que ser comunicativo, envolvente e inteligente. Meninas bonitas não suportam meninos burros e muito menos medrosos. E agradeço à Ana Rita por me dar um pingo de esperança ainda que fulgaz. Depois de 1982 eu só vim ter coragem novamente de tentar alguma coisa com alguma garota em 1985, aos 15 anos. Não lembro o nome da garota que me lascou um beijo de língua na casa de minha vó paterna, uma morena que trabalhava na casa dela e não sei se fui eu que pedi ou se ela que me atacou, foi uma experiência desesperadora, perdi o rumo da vida e, de novo, desapareci pela cidade pacata de Paracatu-MG. Lavei a boca com sabão, pasta de dentes e álcool. Foi tão envasivo que me senti violentado, ainda mais que a menina me enfiou a língua com tanta certeza dentro da minha boca que eu não sabia o que fazia com a minha própria língua. Eram duas línguas dentro de uma só boca, foi traumático. Mas agradeço à essa menina que me estreou e por mais que eu não lembre o nome dela (amnésia do pânico, certamente), sou grato por ela ter visto em mim um cara interessante e atraente, coisa que eu não via. Aprendi com ela que posso ser interessante também e que para querer algo com alguém é importante que haja consentimento de outra parte e que aconteça de maneira sutil e cuidadosa, justamente para não assustar nem traumatizar a pessoa desejada, principalmente se essa pessoa for inexperiente. Em 1986 estava com minha mãe fazendo um curso com o então Padre Lauro Trevizan, no bairro Paraíso, em SP, sobre poder da mente e tive uma experiência extraordinária num dos exercícios de meditação ministrada pelo padre, e vi o rosto perfeitamente como se fosse um vídeo, a cor dos olhos, os cabelos e ouvi a voz da garota que seria a minha alma gêmea. Aqui no blog devo ter algo sendo falado dessa experiência. De 86 para 1989, com 19 anos a Renata, uma menina alta de olhos azuis esverdeados, cabelos cacheados se interessou por mim, e lá estou eu numa festa junina na 315 Norte, em Brasília, num momento de descontração dos paroquianos da São Francisco de Assis quando sou abordado por colegas que me anunciaram o interesse da moça. Eu vivia um amor platônico pela Paula, uma guia do escotismo do qual eu era escoteiro e meu coração palpitava por essa menina. Situação embaraçosa, a Renata, uma linda moça com espinhas no rosto, alta, me aguardando para iniciarmos uns beijos na quadra sob os blocos residenciais. Havia acabado de ver a Paula, meu coração acelerou, mas não tinha coragem de falar com ela. Fui falar com a Renata meio que sem saber o que realmente encontraria. Ganhei um beijo da Renata e a Paula passou e me viu. Meu universo com todas as constelações e via-láctea desmoronou, me perdi todo com a Renata, paguei mico, constrangi a moça e acabei ficando sem esta e aquela. Sou muito grato à Renata por ter me mostrado que eu deveria confiar mais no meu potencial de sedução e principalmente que deveria aparecer ao encontro quando somente tivesse certeza do que estaria buscando. Agradeço à Paula por ter sido a minha inspiração e minha frustração. Pela Paula cheguei a fazer os maiores e mais badalados Luais na casa em construção de meus pais no Park Way só para ter a chance de ter a menina dos meus sonhos por lá, talvez eu conseguiria me aproximar dela, mas daria certo se ela não fosse acompanhada de um garoto muito mais esperto do que eu. Fiquei com a fama de festeiro, se ao menos tivesse conquistado a Paula, mas nem isso. E sou grato pela Renata ter me rejeitado depois, me fazendo esperá-la sentado num banco de cisne branco sob seu bloco por mais de cinco horas. Aprendi que devemos esperar pela presença da moça por trinta minutos, e passou disso já está caracterizado o bolo e a rejeição. Em 1990 namorei a Alessandra, linda de tudo, morava com a avó e inventou que beijar ao som da rádio Antena 1 não era o suficiente, então quis ir ao motel comigo e lá amarelei. Eu realmente perdi a maior oportunidade de ser pai naquela época, pois ela terminou meio que sumiu do mapa e meses depois apareceu grávida. Não muito distante desse tempo conheci a Carla Patrícia, com quem pude entender que quanto mais linda a garota, mais esforço você precisará fazer, principalmente se ela é crente e faz você frequentar os cultos também. Fui assistir ao filme Filadélfia, que na verdade não sei nem do que se tratava, e foi a primeira vez que ousei comer alguém no cinema, mas aprendi a lição de que não se come ninguém no cinema, e também não se deve sair mal intencionado com uma garota que sai de meia calça sob a saia, porque jamais conseguirá muito acesso com essa peça colada na moça. Não durou mais do que três meses, aliás, só o período que ela terminou o cursinho e eu ia buscá-la todas as noites depois da minha faculdade. Sou grato à Carla Patrícia por me mostrar que as mulheres gostam mesmo é de homens que possuem estatus e dinheiro. Então em 1991 conheci a Valéria, com seu 1,54m, uma loirinha linda, hiperativa, com 16 anos acreditou que eu poderia ser um cara interessante para beijar. E rolou, graças a Deus! Tomei gosto pelo beijo e pelo sentimento de desejo, paixão e namoro. Durou até 1993, quando o pai dela viu que estávamos muito apaixonados e resolveu acabar com a minha alegria. Como eu havia dado um porco de pelúcia cor-de-rosa para ela de presente, o pai dela disse-me que nem se a casa dele ficasse rosa o namoro ia continuar. Por isso não, roubei uma lata de 18 litros de Coralatex branco neve, comprei tinta vermelha para rejunte, misturei deixando a tinta cor-de-rosa e às 4 horas da madrugada levei a lata com o rolo para até a casa da Valéria e fiz a loucura de amor mais arriscada de minha vida. Pintei o portão, a calçada e o enorme caminhão Mercedes Benz 1313, de caçamba do pai dela, que ficava estacionado na frente da casa. É... pintar o portão e a calçada de rosa não foi inteligente, mas pintar o caminhão foi irracional. O ex-sogro, pai da agora eternamente ex-namorada, me procurou por Brasília inteira e segundo os relatos ele estava armado de um revólver calibre 32. Semanas depois vi a Valéria aos beijos com um rapaz na boate London London, e ali eu vi que tinha arriscado minha vida para provar um amor que eu não podia ter. Tive que ir morar com meu tio padre em São Paulo, no Convento do Carmo no bairro da Liberdade, do contrário o pai da Valéria me passava fogo. Sou grato à Valéria pelo amor que ela me ensinou a sentir ao som dos Engenheiros do Hawaí. Virgem namoramos, virgem eu continuei. E anos depois ela se casou com um cara da minha altura, chamado Rodrigo, cuja a mãe dele tinha o mesmo nome da minha mãe. Vai entender... Depois, em 1995, de volta à Brasília, conheci a Natalia, com quem perdi a virgindade e namorei por cinco anos. Depois casei e depois fui abandonado por uma série de fatores ruins. Eu era empresário e assediado por funcionárias, e uma dessas cismou que eu era o homem da vida dela. Meu celular recebia cerca de 50 sms por dia dela enviando seus mais profundos manifestos de amor e desejo por mim, e isso minou meu casamento. Até pensei em matar a ex-funcionária, porque a situação estava fora de controle, e numa dessas situações em que os problemas dos trabalho te engolem eu surtei numa síndrome do pânico, que foi a oportunidade da esposa me deixar depois de se estabilizar na vida num cargo de confiança na Presidência da República. Padeci o dobro, desesperei e ter sido o mantenedor da família da amada por anos, me endividando ao máximo não serviu de abono para o momento de crise conjugal. Fui ao inferno e fiquei lá por longos anos. Hoje sou grato à Natalia e compreendo o que ela fez, talvez não tivesse estrutura para o casamento, talvez eu não estivesse pronto para ser amado e resgatado. Antes da cerimônia de casamento com Ntl tive uma experiência extraordinária no campo sei lá, quântico ou espiritual. Tive uma espécie de filme passando num telão bem à minha frente, como se o telão tivesse 2 metros de altura por 3 metros de largura e eu tipo que estivesse dentro das cenas, sem estar exatamente. Vi a cena da Natalia me deixando para trás, e eu ajoelhado implorando para ela não fazer isso. Tentei atrasar os preparativos do casamento, quando tive a segunda amostra da mesma cena. Não sei explicar muito bem quanto tempo demorou a cena, mas foi coisa de segundos. Fui um noivo que não parava de chorar na frente do padre, porque do nada a cena apareceu na minha frente e nada podia ser feito naquela ocasião com a igreja cheia, meus saudosos avós na primeira fileira e a futura esposa ao meu lado. Incrivelmente a cena d'eu ajoelhar aconteceu e dela sorrir dizendo que eu devesse esquecê-la também. Foi humilhante, mas eu meio que já tinha visto aquela cena antes. Sou grato à Natalia por ter existido na minha vida, ela me trouxe os melhores conhecimentos de minha virilidade, e foi uma grande companheira, apesar dos pesares. Uma guerreira que perdoei, muito embora eu também precisasse do seu perdão. Então fui para SP trabalhar como diretor administrativo e financeiro de uma OSCIP, lá conheci a Daniela, uma linda vizinha no bairro do Morumbi, onde eu havia alugado uma mini-mansão para receber autoridades. Recebi mais a Daniela do que pessoas de trabalho. Foi maravilhoso e sou grato à moça que me afagou na solidão que eu sentia naquele lugar. Também era empresário em Brasília e quando fui para lá em 2005 conheci uma das mais belas moças de toda minha vida, uma loira alta de olhos azuis e uma voz macia. Foi amor à primeira vista e por ela abri mão do trabalho de diretor em SP, voltando para Brasília com quem me casaria dois meses depois, de um namoro de três meses. A cena da visão aconteceu de novo, e de novo eu chorei diante a juíza de paz na cerimônia de casamento. É uma sentença você ter avisos desse tipo, isso desgasta e faz você duvidar da existência de que seja possível encontrar a pessoa certa para uma vida perfeita ao lado de quem se deseja. Mas a beleza da Adn era hipnótica, eu estava orgulhoso com a esposa que tinha conquistado, fazia questão de mostrar a aliança que usava e era maravilhoso olhar para ela. Eu não me cansava de olhar pra ela. A relação aconteceu na velocidade de um meteoro em queda livre pelo espaço e fui ao inferno pela segunda vez quando o sonho de ter uma família com uma linda esposa caiu por terra. Ainda mês passado a tive nos meus sonhos, onde sempre conversamos muito, trocamos carinhos tímidos, somos muito cúmplices e afáveis. Ela se tornou um fantasma que ronda minhas mais profundas memórias e mesmo da maneira agressiva e profundamente cruel como findou a relação sou grato por ter tido a oportunidade de ter convivido com ela. A dor ainda está no meu peito, principalmente porque muito do que aconteceu foi uma arquitetura maestrada com antecipação, no qual eu caí como um pato. Mas mesmo assim eu a perdôo (eu acho), ainda que necessite ser mais perdoado ainda. Depois conheci a Walquíria de outro estado, acho que era de BH, não cheguei a estar com ela pessoalmente, mas tive a visão e nem me dei ao trabalho de ir conhecê-la. Magoei a moça, mas eu não podia teimar de novo com um fenômeno que me acontecia e sempre dava certo de acontecer. Ela superou a minha ausência e meses depois se casou feliz da vida. Depois conheci a Jln Mendes, com quem sustentei doces momentos de paixão e desejo, cumplicidade e carinho. Uma bela moça alta, de 1,75m, super carinhosa, o afeto em pessoa, mas a visão veio e eu me afastei. A Jln se casou e tem uma família feliz com a Laura, sua princesinha. Depois conheci a menina que tinha visto nos exercícios de meditação em 1986, a Lrn, a quem eu decidi me disprover de toda cautela do coração, me joguei no sentimento de entrega de tal maneira que arrisquei na estrada minha vida para revê-la a 1680km de distância em Maringá-PR. Eu nem tive tempo de mostrar para ela a minha carta que escrevi para o Padre Lauro Trevisan naquela época, ainda com lapizeira 0,7mm num papel de caderno, já que não existia computador doméstico em 86. Tive o azar de não ser bem quisto por sua família, não importasse o meu esforço por ir visitá-la, mas 20 anos de diferença fazia com que eu era mal visto por eles. Logo depois a relação acabaria com uma tragédia na confiança e fui ao inferno pela terceira vez. Padeci o horror de 24 anos de espera e busca pelo rosto da menina que vi em 86. Ali eu perdi a esperança no amor. Sou grato à ela pelas melhores memórias que minha mente consegue ainda resgatar, seu sorriso e chamego. A perdoo (eu acho), e se eu tiver que ser perdoado será pelas mil e uma palavras de ódio e raiva, um terror que fiz falando coisas que meu mais terrível sentimento de horror poderia dizer, e minhas palavras que proferi mataram a mim ainda muito mais, uma verdadeira expressão "beber do próprio veneno", mas foi um manifesto de um homem que via a esperança, a fé, a vida e os sonhos serem desmanchados tão rápido, tão friamente, que dada à espera desde 86 acredito que fui até muito equilibrado. A perdoo e peço perdão pelas palavras cortantes minhas. Logo depois conheci a Andréa, uma gaúcha de Minas Gerais, uma pessoa maravilhosa, dócil e amável, alegre e sofrida. Super religiosa, linda e gostava mais de futebol do que eu poderia gostar. Tive a visão, disfarcei um problema para afastá-la, já que estávamos falando em casamento, e ela se foi. Eu sou grato à ela por ter sido uma luz de esperança na minha vida, e se couber seu perdão por eu ter dificultado as coisas foi porque na visão que tive, como geralmente aconteceu com outras mulheres, as cenas de desastres, doenças, dores profundas etc surgiam como aviso prévio. Não quis arriscar nada disso com a Andréa e minei a relação antes que ficasse mais séria. Depois me envolvi com outra Renata, oposto em altura da Renata de 89, com seus 1,57m sua beleza só podia ser comparada com a da Ana Rita. Extremamente carinhosa, dengosa e amorosa, tudo o que eu podia querer na beleza de uma menina poderia saciar com a Renata. Sou infinitamente grato à ela por ter sido tão amorosa comigo, muito embora sua possessividade sufocava um pouco minha liberdade. Mas à ela minha gratidão de coração. Nesse meio tempo conheci a Maria Araújo, uma menina também pequena, do nordeste, linda de tudo, com uma voz para cantar hipnotizadora, dócil, estudiosa, guerreira, um mimo, uma garota cheia de sonhos e poemas, que tinha o objetivo de me conhecer pessoalmente, apesar da distância e das dificuldades para isso acontecer. À ela agradeço todo seu carinho. Depois conheci a Evelyn, não é alta, mas é linda, tem os olhos verdes, naturalmente loira, maravilhosamente branca e não fosse a visão para me sacanear novamente poderia dizer que de todas as meninas-mulheres que conheci, ela seria a que eu devo minha maior gratidão. Extremamente guerreira, estudiosa, caxias até demais, de uma maturidade de velha numa idade de menina. Decidi driblar a visão de todos os modos e métodos possíveis, mas isso só machucava e condoía os sentimentos dela. Tive mais de dezesseis visões com alertas de toda sorte possível, com cenas chocantes, que pareciam pesadelos, e sempre driblei o local, a data, até a ocasião para poder revê-la. Até que ela mesma se cansou e desistiu de acreditar. Ela está certa, conta com meu apoio e compreensão, pois ela sim mostrou estar disposta ao que desse e viesse, mas eu posso estar sendo hipócrita por dar tanta atenção à visão, só que não sou, e sei que as visões são reais, e por incrível que pareça, ironicamente só não tive a visão com a Leriane, justamente quem... enfim... me foi infiel. E à Evelyn eu dedico essa reflexão, um resgate de considerações e valores que faço para que meu coração possa ficar em paz com todas essas extraordinárias mulheres, que de alguma forma me ensinaram a ser o que sou hoje, modelaram meu coração e tatuaram em minha alma registros de que a vida é muito cara para os desavisados, ainda que seja rara porque amar não é para os covardes. Eu chego a pensar que estou convícto de que gastei todas as minhas fichas e créditos no amor, mas o futuro só a Deus pertence, muito embora eu venha me preparando para terminar sozinho, sem ninguém. Eu sou muito grato a essas maravilhosas mulheres e desejo que Deus aboençoe cada uma delas, em especial aquelas que me fizeram padecer o mais amargo dos sentimentos da perda, que elas nunca sintam o sabor desse fel, mas só a doçura do mel.