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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Se trata de um diário pessoal aberto, onde as pessoas podem ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, reflexões psicológicas, sociais ou pessoais.

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Lei do retorno

31.07.20, Rodrih

a lei do retorno é infalível

A separação, que culminou em divórcio em dezembro de 2008 teve uma avalanche de desdobramentos, que me fizeram andar beirando a morte, e por muitos anos, quase uma década, me lançaram numa vida absolutamente limitada de tudo o que, antes, não era difícil de ter ou viver. Recentemente fui levado a crer que simpatias, mandingas, trabalhos espirituais realmente são coisas que atingem e castigam as pessoas. Durante uma década inteira me vi perdendo patrimônio, bens, dinheiro, reputação, status e até a própria dignidade. Não tinha nada que eu fizesse de melhor, de muito melhor, que desse certo. Minha vida desandou de tal maneira, que, cético sobre essas crendices de mal-olhado, pragas, maldições, fui colecionando decepções financeiras a cada dia durante esse tempo. Não importasse o que eu fizesse para me desvencilhar dessa onda de azar permanente, tudo culminava num só final, isto é, numa perda material, financeira e até mesmo moral. Passei anos tentando entender em que parte da minha vida, que eu comecei a fazer algo errado para que realmente as coisas saíssem erradas. Não bastasse isso, minha mente viveu uma década presa num só pensamento de um misto de saudade x mágoa x perplexidade x e sentimento de grande perda voltado para a ex-esposa. Há poucos meses, talvez um ano, no máximo, passei a me atentar para coisas que antes eu não acreditava, e vez outra ainda me pego resistente a este conceito, coisas da fé. Por muito tempo me afastei da minha doutrina de fé, católica, por não me sentir parte de algum Deus, porque minha vida estava absorta em pensamentos autodestrutivos diariamente. Tinha passado a sentir repugnância a qualquer oração ou assunto referente à fé. Num dado momento, há pouco mais de um mês, me senti necessitado de despertar a fé em mim, como se meu ser inconsciente agisse naturalmente em busca de Deus para obter respostas, ainda que meu ser consciente reagisse incomodado com tal manifesto de fraqueza. Não fiz orações, mas passei a procurar em minha silenciosa atitude e privacidade por orações no YouTube, em que me senti mais confortável na voz de uma mulher que, com seu timbre macio e suave, orava um Salmo para abrir caminhos. Não demorou muito e comecei a ter oportunidades novas acontecendo para mim. Achei super estranho, coincidência talvez, e, por mais que meu eu consciente não se sentisse atraído pela novidade espiritual, meu inconsciente me fazia querer ouvir até adormecer, todas as noites, o tal salmo, depois outros com temas como para ter clarividência, sabedoria e respostas para perguntas sem respostas. Nesse momento eu tinha acabado de perder 3 mil dólares num investimento com a LBLV e Investing Brasil, uma empresa de fachada, mas, na verdade, uma organização de estelionatários, que iludem pessoas com o mercado de commodities. Desde 2017 venho tentando acertar nos investimentos no Mercado Financeiro e já devo ter perdido cerca de 8 mil dólares em tentativa e erro. Você, quando está cansado de tanto perder, inconscientemente sua mente se movimenta rumo à sua alma para buscarem, juntas por uma força maior, neste caso, Deus. A reação, pelo que percebi, é natural. O querer por uma referência de sucesso, então qual sucesso maior, senão o sucesso de Deus? Não há. Todas as noites ouvia orações para abrir caminhos, ter sucesso nos negócios, alcançar clarividência, sabedoria, respostas, entendimentos. Não demorou muito para surgirem pessoas falando sobre o poder da maldição, com exemplos datados, em pessoas conhecidas, e resultados nitidamente reais. Então pedi ajuda para essas pessoas espiritualistas ou espiritualizadas, não sei a diferença, enfim, para me ajudar com essas incógnitas e em como romper, interromper, cessar esse mal em mim, que me afeta não só economicamente, mas também em relacionamentos, que, na verdade, estou há dez anos sozinho, e o pouco que tentei, simplesmente não fluiu, por toda paixão que houvesse ou teria despertado. Ouvi pessoas dizendo o que estava acontecendo comigo, o que teria sido feito para eu ter ficado assim, coisas de fábulas, que envolve encantos e uma certa dose do surreal, coisas difíceis de acreditar, ainda mais cético como sempre estive. Ainda que eu não confirmasse muitas coisas, que essas pessoas diziam, no meu silêncio ficava estarrecido com a verosimilidade. Aos poucos, com mais e mais orações ouvidas pelo YouTube na hora de ir-me deitar, fui lembrando de cenas do passado, situações que me eram quase esquecidas, como quando a sogra disse-me que suas preces, suas orações pegavam, eram fortes, que sempre davam certo para suas duas filhas, e que nada se desfazia depois de feitas. Ouvi isso da sogra e entrou num ouvido, saiu pelo outro. Não tomei como ameaça, muito embora, hoje sei que ela estava me dando um aviso. Não bastasse isso, lembrei-me de outra situação em que essa mesma sogra desejou cortar meus cabelos, estimulado pela então esposa, interessada que a mãe os cortasse. Hoje fico pensando sobre a nossa fidelidade com o barbeiro que temos e, eu, como a maioria dos homens, corto meu cabelo e faço a barba no mesmo barbeiro há pelo menos 15 anos. Então por que eu deveria querer que a sogra cortasse meus cabelos? Cedi pela insistência da esposa e estando na casa da sobra, no quintal, me vi sentado e assistido pelas três: sogra, cunhada e esposa, em que lembro bem de ter notado coisas diferentes nesse corte tão especial. Não caíam mechas de cabelos no chão, as três não saíam de trás de mim, pegavam nos cabelos como quem estivesse fazendo uma cirurgia, e mechas eram cortadas devagar, para em seguidas serem guardadas num envelope. Achei estranho na época, há 10 anos, mas era muito apaixonado pela esposa, e não me senti inseguro, nem desconfiei que pudessem estar pegando meus cabelos para alguma mandinga. No fim, olhei-me no espelho e não vi diferença no corte, mas deixei pra lá. Alguns meses depois já me encontrava separado, humilhado, escorraçado, seguindo os anos num sofrimento espiritual absurdo e incurável, e tudo isso sem desconfiar de nada desse passado, no mínimo estranho, do corte de cabelo. Orações feitas, sim, passei a rezar e conversar com Deus, com o meu Anjo da Guarda, a ser mais humilde na fé. Me sinto mais livre de amarras, minha criatividade, estou a sentindo mais latente, coisas que eu antes não me importava, estou dando mais atenção. Me sinto mais vivo, mais existente, como antes não sentia e até preparado para viver a vida com alguém, coisa que antes eu me sentia um desvalido, um desmerecido. O mal você não pode lutar contra ele, mas pode devolvê-lo para quem o criou contra sua vida. Assim eu fiz, assim está feito. Estou determinado a viver mais a vida, apesar de ter perdido literalmente 10 anos de um viver pleno e feliz, dez anos que passaram sem história nem definições, só tentativa e erro de janeiro a dezembro, repetidamente por dez vezes. Pessoas que vivem para o mal, no mal perecerão, pelo mal morrerão. Eu só desejo o bem às pessoas, e às que me desejaram o mal, desejo justiça pela lei do retorno, uma lei universal da qual ninguém escapa. Tenho fé que cedo ou tarde hei de ter a justiça do universo rogando em meu favor, e essa gente cruel padecerá com seu próprio veneno. Assim é. 

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