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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Desde 2008 - 716.000 visualizações em todo o mundo. Diário pessoal aberto, onde se pode ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, vislumbrar reflexões psicológicas, sociais e até pessoais.

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Misógino: Homem que reduz a mulher a nada.

05.10.18, RodrihMC
E-MAIL em: Quarta-feira, 03 de outubro de 2018 10:27H
 
Oie bom dia Rodrigo,
 
Acabei de ler seu post , mas se n me engano é de 2016 , mas procurando na internet sobre o assunto de homens que maltratam mulheres achei o que vc esclareceu sobre misógino. 
Venho em uma relação a 7 anos, ele 10 anos mais velho do que eu, e durante esses cansados anos, venho em uma luta sem fim, até que engravidei, meu filho já tem 3 anos e agora presencia as nossas brigas, e fala para o pai n brigar com a mamãe, sempre achei que podia mudar a relação, porque ele foi uma pessoa muito legal pra mim no começo, fazia tantas coisas que eu n acreditava, olhava ele como um homem tão diferente, mas ele começou a me excluir das conversas e chamava mais pessoas pra sair com a gente e ficava conversando com estas outras pessoas e não mais comigo, eu não achava normal, mas gostava que ele estava sendo atencioso com minhas amigas meus familiares então deixava pra lá, até que ele começou a gritar comigo por qualquer coisa na frente das pessoas em churrasco, festas e esse motivo ficava o tempo todo sem direcionar qualquer palavra pra mim, e eu ficava lá , eu n sei como cheguei a esse ponto, fui dominada de uma certa forma que não sinto mais o que eu era, minha fisionomia envelheceu e eu perdi todos os meus vinte anos ao lado dele, pq queria continuar sempre de idas e voltas, eu me sentia culpada pelas brigas  e voltava, quando eu pensava que iria mudar voltava tudo novamente, eu acho que tenho que aceitar certas coisas dele porque, na verdade eu n sei o motivo só acho que tenho que aceitar, vivo procurando o que falar pra ele n começar a gritar, ele fica até um mês sem falar comigo dentro da mesma casa, as vezes ele parece que vai voltar a ser aquele cara legal, mas depois por qualquer coisa começa a gritaria, e eu entrei na onda dele agora grito também, e aqui em casa se dura uma semana de paz é muito, fico tão mal, pq parece que ia ficar tudo bem, mas não fica e me sinto culpada parece que fui eu que causei tudo novamente! 
Estava procurando um lugar para fazer terapia de casal, mas li q vc escreveu que isso não vai resolver o caráter de um homem com essa índole, não consigo separar dele quando penso que ele é legal com todos e prestativo, ae penso que vou perder esse homem e continuo na relação, mas quanto a minha pessoa ele n muda, n me trata com amor, ele trata melhor as pessoas de fora, nada que eu faça está bom o suficiente pra ele, não recebo um elogio, coisa que já vi ele falando para outras pessoas, as vezes acho que eu sou a culpada por tudo isso, eu queria ajuda pq ainda estou muito ligada à ele, mesmo depois de tantas humilhações e xingamentos, queria arrancar esse sentimento de mim para poder viver em paz, pq eu n sei mas acho que ele n vai mudar, e agora como mãe estou muito preocupada com o meu filho presenciar essa relação!
 
E-MAIL em: Quinta-feira, 04 de outubro de 2018 06:41H
 
Bom dia XXXXXX, bom dia. Ânimo!
Li todo seu texto e gostaria de respondê-lo no blog, camuflando seu nome, para que sua experiência e minha resposta possa servir não só a você, mas para outras mulheres que passam pela mesma situação.
Cordialmente,
Rodrigo Caldeira
 
E-MAIL em: Quinta-feira, 04 de outubro de 2018 08:43H 
 
Bom dia! Sim pode postar, avisar-me quando responder para que eu possa acompanhar! Desde já agradeço!!
Resumi mto minha história pois são muitas coisas! 
Inclusive vi um comentário de uma moça em que o rapaz não fazia sexo com ela, ela n entendia, mas depois entendeu que era uma forma de punição, e isso tbm acontece comigo, ele já me rejeitou muitas vezes, eu parei de procurar, isso começou no namoro mas eu tbm n entendia! Vai minando nossa autoestima.
 
Em resposta:
Uma vez, uma menina linda, de beleza esculpida à mão, dócil que não tinha mais espaço para tanta doçura, conheceu um cidadão alemão. O cara simplesmente foi um príncipe pra ela, estando no Brasil, na cidade dela, foi cortês, amoroso e muito gentil. Então ela se casou com ele e foi para a Alemanha. Estando lá, a verdadeira face de um misógino começou a aparecer. Pra agravar a situação ela engravidou e teve uma criança saudável. O cara foi se tornando irritado, ausente e agessivo. Ela me procurou aqui no blog e conversamos muito. Depois de algumas orientações ela conseguiu a separação, passou a estudar e aproveitar as benesses do país. Passou a se posicionar diante do agressivo e desprezível ex-marido. E por um momento meu de indignação, a fim de abrir-lhe um pouco mais os olhos em relação à forma como ela foi exposta dessa maneira para um estranho, ainda mais de fora do país, ela cortou a conversa comigo. Tudo bem, meu papel já havia sido cumprido, ela estava seguindo a vida e livre (até aquele momento) do maldito marido. Não sei como está hoje, espero que esteja bem. Minha indignação foi com a mãe dela se pronunciar preocupada nos dias atuais, na situação atual, mas deveria ter se preocupado antes de permitir que uma menina de 20 anos fosse embora de vez para um país, com um cara que mal se sabia de seu histórico pessoal ou familiar. Minha intenção era abrir-lhe os olhos para se tornar mais independente do sentimento emocional com sua família, principalmente sua mãe, pois estava sozinha num país que não costuma ser caloroso como são os brasileiros. Precisava se fortalecer se autoblindando, mas, enfim, não consegui o objetivo e o diálogo encerrou-se. Algum tempo depois, conheci uma mulher de 40 anos, mais ou menos, numa relação conjugal de 10 anos, em que o marido transava com ela no máximo 3 vezes por ano. Já no namoro, quando completaram 2 anos de relação, o cara já manifestava desinteresse por ela, mesmo magra, bonita e bem jovem - além de manifestar também certa agressividade verbal, principalmente por ser chefe dela. Ainda assim, ela deixou seguir a relação. Em 2017 ela mal conheceu a sexualidade e foi quando a conheci, obesa, bem diferente da moça magra e sorridente, muito embora seus sorrisos atuais tentassem disfarçar uma frustração terrível por ser uma mulher invisível. Durante nossos diálogos ela sempre dizia horrores da relação, mas no fim a culpa era dela. Tolerava ser tratada como uma mobília da casa, parecida com aquela robô da família Jetsons (desenho animado), em que ela ouvia tudo o que ele tinha para contar - como se estivesse fazendo terapia, e quando ela se pronunciava, ou ele a rechaçava ou dormia enquanto ela falava. Sem dirigir, tendo ela por motorista, também o servia com qualquer coisa que ele quisesse, como água, comida etc. Procurava escolher as palavras para que ele não se irritasse com ela e mais tarde se disse assexuado, para justificar o desinteresse sexual. Uma criança adulta, se relacionava com os filhos de 8 a 12 anos nos churrascos entre amigos, colecionador nesse universo geek (de bonecos e pôsteres de super-heróis), dizia pra ela que não queria ter filho, pois temia perdê-la para a criança. Esse tipo de argumento é básico de misógino, que faz com que a mulher acredite que ela é importante, é uma joia preciosa e que o cara a ama muito. Mas é mentira. Misógino é uma raça desgraçada, maldita, impostor. Misóginos são vergonhosos, machistas, indecentes e enganadores. Dominam naturalmente a arte da ilusão, escravizam a mente feminina, tiram delas todas as suas forças, toda a energia vital, sugam a beleza, a jovialidade, a vontade de se manterem lúcidas e saudáveis. Por fim, essa mulher teve coágulo no cérebro, enxaquecas fortíssimas passando a ser internada várias vezes. O marido enviava mensagens no whatsapp manifestando-se triste, sozinho, perguntando-se como ia sobreviver sem ela, sentia fome e frio. E numa dessas, ela me contou toda feliz sobre fotos em que ele se fantasiou de cachorro, espalhando pela casa objetos pelo chão, dizendo que está se sentindo sozinho e abandonado, e por isso estava bagunçando tudo, que precisava dela. Foi quando eu dei-lhe um chacoalho para a realidade, falei o sermão da montanha, e toda minha indignação e revolta ela parece ter, ali, acordado pra vida. Percebido o quanto tinha um marido retardado, um cara escroto, persuasivo, perverso, manipulador, um filho de uma puta, infame, um cara problemático, e ela, já contaminada, já dominada, simplesmente entrava na onda infantil e controladora desse misógino vil. Separou-se assim que saiu do hospital, estava fortalecida, a mente pegou no tranco, havia percebido que precisava radicalizar a vida, não pensar muito, ser estratégica, porém fria e calculista. Oras, mulheres não precisam ser frias e calculistas com seus companheiros, jamais. Mas com misóginos, sim! Precisam ser extremamente frias, calculistas e estratégicas. Não devem acreditar no sentimento desse tipo de gente, eles são perigosos e não têm conserto. Então o que fazer agora, que a vida está uma merda, o cara se torna uma ameaça eminente e constante em casa, tudo é motivo para o verme se manifestar irritado e agressivo? Primeiro passo é tomar o entendimento de que 50% da culpa é sua e 50% da culpa é dele (clique no link para entender isso). Geralmente, as mulheres absorvem 150% da culpa, e isso já é além dos 100% da relação, então têm que assumir dentro de si que você tem sim culpa, mas é até 50% e os outros 50% é dele, e fim de papo. Isso é um processo lento, então para ajudar nessa consciência recomendo que você comece a observar melhor o cara (poderia dizer seu companheiro, mas companheiro não pratica a misoginia, então vamos tratá-lo como merece, um cara), tudo o que ele manifestar e você sente o impulso de resolver para aliviar seu desgaste físico ou emocional, tentando ser psicóloga do sujeito ou se prontificando em atendê-lo como a garçonete da cantina, comece a repetir em sua mente: "-Isso não é da minha conta", e deixe-o se virar para resolver isso. Mas como fazer isso em voz para um sujeito dessa natureza? Oras, pode ser sutil dizendo: "-Meu amor, olha não sei como posso te ajudar" ou "-Complicado isso hein..." e pronto, continua na sua, fazendo o que está fazendo. Misóginos adoram "conversar", falar de seus problemas, seus sofrimentos, suas angústias, principalmente das coisas que aconteceram no trabalho. Entenda uma coisa, ele está falando pra você, mas não com você, ou seja, você é só a coisa que está disponível para ele falar, mas poderia, ele, falar com a porta ou com a geladeira. Mas misógino não é doido, então ele prefere falar com você, só que ele não quer saber sua opinião. Nessas horas, você, mulher, entre no seu campo de anulação de voz (toda mulher tem isso), e pense na unha que você tem que fazer, naquela conta sua que precisa pagar, naquele vestido que viu na vitrine, enfim, pense em você, nas suas coisas e deixe ele lá mexendo a boca. Pode olhar pra ele, vai parecer que está prestando atenção em tudo, mas sua mente está lá longe. Um exercício bom para você não se envolver nas patifarias da vida inútil do misógino. Se quiser treinar sua frieza pessoal com esse ser inanimado, olhe diretamente no seu olho direito. Ele vai se iludir que você está prestando atenção, muito embora não esteja interessado em qualquer manifesto seu e suas opiniões - principalmente se for dizer que ele está errado. Bom, então você começa a pronunciar na sua mente que "isso não é da sua conta" e deixa o sujeito mexendo a boca, simplesmente clicando no "mudo", passando a pensar em si, nas coisas que lhe interessa. Pode acionar as respostas automáticas, como: "hum...", "certo...", "humm.. entendi...", "sei...", "caramba..." e quando o artista acabar de falar, certamente irá sair de perto de você, mas não terá deixado seu lixo pessoal dentro da sua mente, que estará vazia, tranquila e serena. Se ele disser, num ímpeto de interesse por sua opinião - o que será uma outra mentira, pois misógino não quer saber como você pensa - responda algo como "...bom, acho que você está certo", ou "...é... precisa ficar atento como as pessoas interpretam né...". Seja lá o que você disser, não queira dar sua opinião de fato, até porque você estará pensando em outras coisas e gradativamente a voz dele irá sumindo para seus ouvidos, apesar que você o ouvirá numa ou outra palavra - que é uma questão de defesa do seu cérebro, porque vai que ele diz algo grave né?! Outra coisa é você voltar a cuidar da sua beleza facial, seu corpo, sua energia vital. Não pense em entrar em sites de relacionamentos com o papo de "sou casada e estou aqui para fazer amizades, pois me sinto sozinha", isso é muito vulgar e ao fazer esse tipo de coisa mostra que você merece o misógino que tem. Estrategicamente, você precisa cuidar do seu corpo, para que isso se reflita em sua autoestima. Depois cuide dos seus recursos pessoais, e ao invés de ficar gastando, economize para se preparar para sair da relação. Estando com a autoestima melhor, passe a buscar informações jurídicas dos seus direitos para um possível divórcio, faça contatos com pessoas amigas e confiáveis perguntando se poderá conseguir abrigo por alguns dias, no dia que você dar um fôda-se geral. Se não for para ficar na casa dessa pessoa, se essa ou mais pessoas poderão ficar na sua casa com você. Esteja com tudo estrategicamente preparado para você se dar sua carta de alforria. Nesse período você estará se blindando das encenações do misógino e ficando cada vez menos interessada em tentar compreendê-lo, e até mesmo assisti-lo. É um processo lento, mas funciona. Não se preocupe, pois homem para querer te comer não faltará, o que você precisa fazer é cuidar de sua mente, do seu corpo, sentir-se bonita de novo, para que os elogios aconteçam (não elogio do misógino, porque essa raça não sabe valorizar a mulher que tem), se tiver que voltar a estudar, volte sem resistência, mesmo se o misógino disser algo para destruir sua autoconfiança, lembre-se, deixe-o mexendo a boca, a opinião dele não interessa mais. Brinque mais com seu filho, principalmente quando ele - o misógino - estiver em casa, ocupe-se com a criança, ela vai agradecer e você não se dará ao trabalho de ter que dar atenção exclusiva ao sujeito. Tudo o que você fizer por si mesma, como ficar mais bonita, cuidar do seu corpo, de sua pele, ficar mais cheirosa, mais leve será por você e para você. Quando já estiver mais leve, mais otimista, mais bonita, mais livre do domínio do misógino em sua vida, mais inteirada dos seus direitos, inclusive com o contato da delegacia de polícia mais próxima de sua casa, sabendo quem poderá ser acionado para te dar cobertura no dia D, então você poderá tomar a frente de tudo radicalizando sem medo se a vizinhança vai ficar sabendo ou se passará na TV alguma fofoca. Seu fôda-se deverá ser geral e sem medo. Misóginos não gostam de se sentirem expostos, são covardes e quando a mulher passa a não estar mais preocupada com o que os outros dirão, aí o misógino passa a tentar disfarçar. São covardes, bundões, inúteis. Obviamente não queira desenvolver em você a androgenia, que é o sentimento do misógino, só que contra os homens, porque se isso acontecer, você será tão infame quanto ele. No mais é isso, espero ter ajudado e precisando falar, pode comentar aqui no blog que sempre estou acompanhando tudo e a todos. E não esqueça de praticar sua fé, principalmente se tiver filhos. Boa sorte!

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