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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Se trata de um diário pessoal aberto, onde as pessoas podem ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, reflexões psicológicas, sociais ou pessoais.

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Se trata de um diário pessoal aberto, onde as pessoas podem ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, reflexões psicológicas, sociais ou pessoais.

Mulher, permita-se!

23.08.13, Rodrih

Durante meu deserto que atravessei e que ninguém me viu passar, estranho e só, percebi que as mulheres são seres poderosos que habitam a Terra nos mais distantes lugares do mundo, justamente porque elas são o equilíbrio da vida. No entanto, muitas mulheres - desde seus 16 anos, são tomadas de assalto da transformação pela qual elas precisam passar. Não há escolha, todas as mulheres são lançadas nesse universo desafiador e surreal de transformações onde as aceitações são quesitos indispensáveis para a metamorfose. Estão sujeitas a todo tipo de provação pessoal, social, sexual e psicológica, o tempo todo, sempre, sem parar, e aquelas que se "engessaram" menos viverão melhor os desafios, já outras se limitaram em suas crenças e com isso vivem e viverão sempre se afastando de oportunidades, das experiências novas, ainda que colhessem frustrações e decepções durante suas empreitadas. E o engessamento começa dentro do seio familiar, em que os pais superprotegem suas filhas, ou mesmo que essas meninas-moças não se vêem prontas para mergulhar no universo de ações diante seus caminhos, e recuam, se engessam, ficam estacionadas e presas em crenças de que o mundo lá fora é nocivo e elas têm que se proteger de alguma maneira, mesmo que isso custe a liberdade. Geralmente essas mulheres que alimentaram suas crenças limítrofes são bem sucedidas na vida social, porque trabalham muito e estudam sobremaneira, mas vivem num conflito diário, sem anestesia e constante por sofrerem suas limitações, seus bloqueios e suas autocastrações. Uma pena, porque tudo está ligado, tudo se relaciona e nada separado funciona com seu divino resultado. Mulheres independentes, geralmente, são solitárias, porque estão petrificadas em suas manias, lamúrias e desconfianças. Todas merecem ser felizes, mas nem todas se dispõem pagar o preço para isso. E qual é o preço? Como se permitir ser cuidada, ser protegida, ser interessante para alguém? Isso é um dos maiores motivos pelos quais muitas mulheres vão parar no divã de uma terapeuta. Há aquelas que apelam para o divão de um psiquiatra e se permitem bombardear-se de remédios nocivos, os quais eu os chamo de "incapacitadores", venenos que "zumbizizam" a pessoa, tornando-a uma sobrevivente, não do meio, mas de suas escolhas incapacitadoras. Então vamos ao que interessa, partiremos do princípio de que todos são animais e sendo animais têm necessidades naturais, isto é, da natureza, que são o de dormir e acordar, se movimentar, se alimentar, beber para saciar a sede, descansar e copular para preservar as espécies. Sendo humanos não nos isentamos da cultura animal, pois fazemos tudo isso e precisamos fazer, para que nossos sentidos, nossos hormônios sejam produzidos. E é onde mulheres e homens conseguem deturpar todo o sentido natural de suas existências, se limitando ao essencial, mas deixando a necessidade vital esquecida, que é a sexual. E não faltam desvios para tornar a pessoa cada vez mais frustrada e perdida no mundo, pois essas pessoas, principalmente as mulheres, além de se bombardearem com seus raciocínios nocivos, ou com remédios incapacitadores, como atividades em que se doam, mas também se afastam de suas libertações, se emaranhando cada vez mais num espiral de desvios sem fim. Doar-se é uma coisa, usar disso como fuga é outra. Nem a fé (ou principalmente ela) é poupada e se torna fuga para muitas pessoas engessadas, mergulhadas em seus bloqueios e pensamentos limitantes. Há quem se entregue para atividades religiosas, ou para a filosofia como yoga, meditação, ou para agitos como baladas e danças, ou para vícios como bebidas, fumos e jogos, tudo fuga que faz dessas pessoas blocos de pedra sem mobilidades para se sentirem libertas e capazes de serem vivas. A maioria das mulheres que conheci tem bloqueios sexuais e afetivos. Uma coisa puxa a outra. E puxa também a outros como familiares e sociais, muito embora também os laborais. Digo a todas minhas amigas para se libertarem sexualmente, e por mais que eu pareça obcecado por sexo, o que eu não sou, pois se fosse estaria contradizendo tudo o que disse até agora neste post, eu acredito piamente que a libertação sexual torna a pessoa liberta de tal maneira que faz com que "bolhas" de frustrações em diversos setores da vida se explodam e tornem a vista mais limpa e a vida mais leve. Mas não digo que devam sair dando para fulanos e beltranos, mas que se permitam aprender aquilo que não se permitiram a tempos, que se arrisquem mais na busca de seus prazeres e fantasias, porque são ações que causam tantas explosões hormonais, que tudo o que o organismo precisa para viver com qualidade são, justamente, esses coquetéis de hormônios fabricados a partir dessas entregas íntimas e sexuais. Não há outra saída, nem os remédios de ilusão incapacitadores, nem outras drogas, nem tóxicos, nem vários passeios na maior e mais alta montanha-russa do mundo, nada será mais libertador do que a simples e mera entrega, permissão e reaprendizado sexual. Isso é da natureza animal e ninguém conseguirá substituir essa fórmula tão complexa e tão perfeita. Se desengessando com seus bloqueios limitantes e irritantes sentirá uma necessidade de entender o processo. Pois bem, meu conselho é que não queira entender, apenas viva-o e sinta os hormônios alimentarem todos os seus órgãos, reajustando e consertando detalhes imperfeitos. E só do fato de haver tais correções já seria motivo para ter um riso na cara. Feito isso, então é momento de encontrar alguém que vá receber essa mulher preparada e feliz. Ela sentirá, naturalmente, liberdade para se permitir ser cuidada, zelada, protegida e amada. Sentirá prazer duplo, sexual e emocional. Senão triplo, também o prazer social. Perceberá que viver não é complicado, e que ser feliz é uma questão de escolha. Liberte-se sexualmente, e destranque as fechaduras de todas as portas do seu ser. Então quando se dedicar à uma doutrina de fé, ou mesmo qualquer coisa como harmonização pessoal com yoga, meditação, tanto como se doando humanitariamente, não importa o que seja, sua entrega será verdadeira e não uma fuga. Se sua mente sentir conflito com o que eu disse, certamente você tem bloqueios sexuais e terá que conviver com essa consciência. A menos que se permita reinventar para começar a se redescobrir. Se encontrar alguém que queira reinventá-la, ótimo, reinventam-se os dois. Mas se não tiver essa oportunidade, escolha alguém que vá de encontro com seus objetivos, permita-se e aprenda, como a travessia do deserto, em que você precisa saber aproveitar as dádivas que surgem e entender que um gafanhoto não é bem um inseto, mas uma excelente fonte de energia alimentar. Sim, porque você está no deserto e suas melhores oportunidades de aprendizado virão do deserto, e quando você estiver de volta à sua vida, esta não será mais a vida de sempre, e sim uma vida reinventada, renovada e preparada para novos desafios, uma vida menos sofrida porque você já não será mais tão engessada ou tomada de medos de se entregar. Portanto, permita-se! Permita-se para desemaranhar as velhas crenças em você, permita-se receber as novas circunstâncias - por mais inusitadas, diferentes e até inimagináveis que possam parecer, e aprenda algo, desenvolva novas ideias, aproveite para quebrar paradígmas. Permita-se voltar para sua rotina, para o seu habitat e experimentar novas situações sem precisar deixar com que as crenças atrapalhem seu desenvolvimento e sua vontade de viver o que a vida tem de melhor para dar pra você. Simplesmente permita-se.