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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Desde 2008 - 716.000 visualizações em todo o mundo. Diário pessoal aberto, onde se pode ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, vislumbrar reflexões psicológicas, sociais e até pessoais.

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Nós, HOMENS, vemos tudo em vocês, SQN

15.12.15, RodrihMC

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Na relação entre um casal há sempre aquela parte que é mais insegura. Geralmente é a mulher, num misto desse desconforto com, e também, a vaidade intrapessoal em que se propõe diante da relação. Esse tipo de comportamento acontece porque a mulher não está satisfeita consigo mesma, tanto em sua aparência, quanto em seu comportamento. Está inquieta, incomodada com muitos raciocínios, necessidades, desejos e vontades que, muitas vezes, terá que abrir mão em prol de um compromisso maior. A grande maioria está sexualmente mal resolvida (como defendia Freud sobre sua forma de resumir a neurose), uma autossabotagem em que se põe como refém de si mesma ao resolver assumir o papel de sabotar outras mulhers para que seu parceiro, isto é, seu amado aumente sua atenção sobre sua beleza e sensualidade - como se não bastasse a relação já estar indo bem, com equilíbrio e harmonia. É nesse instante em que a maior parte das mulheres se dão mal, porque adotam uma postura mesquinha e egoísta na tentativa de se comparar com aquelas menos bonitas ou as que se vestem mal. Não escapam as bonitas e até mesmo gostosas, mas que se apresentam sem qualquer postura ou elegância. O que muitas mulheres não sabem é que - para um homem, mulher é que nem capim; há o capim meloso, como também capim cidreira, capim limão e braquiara. Todos são verdes, nascem no chão, tomam os territórios um tapete de suas repetições, isto é, tem aos montes para todos os gostos e possuem finalidades distintas. Acontece que enquanto sua parceira está confiante de sua capacidade sensual e sexual com seu amado, as coisas fluem muito bem. O homem, ogro que é, olha para sua garota e a acha a mais gata. Mas a partir do momento em que sua companheira se deixa levar pela necessidade de pôr em prática sua vaidade, e começa a comparar-se com as menos abençoadas no quesito beleza e elegância física e pessoal, ela estará agregando em seu homem - até então cego e ogro - um novo conhecimento: o de conseguir distinguir uma mulher bonita de outra feia, e também sua elegância, seus detalhes e beleza particulares. É o tiro saindo pela culatra, é a mulher sexualmente insegura dando ao seu homem qualificações extras de persepção do todo feminino,  a liberdade dele também julgar afim de apoiá-la no pré-julgamento. O que acontece, na verdade, é que nós homens vemos tudo tanto na parceira, quanto nas mulheres à volta. Sabemos que o celulite da companheira aparecerá durante a transa, num momento e posição que ela nunca perceberá. Sabemos identificar uma depilação mal feita, daquela que é perfeita - principalmente entre as bandas maravilhosas da bunda. Percebemos o mal hálito, o cheiro forte que às vezes vêm da genitália, enfim, percebemos muitas coisas, mas não retrucamos porque preferimos mantê-las bem humoradas. Ganha-se muito com o bom humor de uma mulher. Entretanto, também sabemos distinguir as mulheres que a companheira escolhe para pôr no paredão e fuzilar com sua língua afiada. E adoramos quando a mulher diz: "Olha, olha agora amô, olha que mulher mais brega vestindo uma meia calça preta e pedalando só de calcinha ou biquini". É tudo o que precisamos ouvir, porque por um momento especial iremos apreciar tamanha beleza e gostosura alheia, e tudo em silêncio, gritado somente no cérebro entre os pensamentos, seguidos de fantasias com a diva de todos os sonhos. Enquanto estamos tendo um orgasmo mental com os olhos afixados numa bunda deliciosa, e na dona dessa bunda, que é linda e muito mais gata do que a parceira amada, esta, a companheira, a distinta, a amada está praguejando, procurando defeitos que não existem e tentando difamar a beldade. "Eu que nunca usaria uma roupa dessas, coisa brega", e nós homens, que não distinguimos o capim pela forma nem pela cor estamos pensando em posições do Kama Sutra, Nuru e Tantrismo com a beldade contra quem a amada está vomitando sua ira. Vemos, inevitavelmente, celulites onde nunca imaginávamos ver em nossa companheira, remelas nos olhos, sentimos o mal hálito na hora de acordar, o mal cheiro de absorventes usados jogados na lixeira, e ela se acha uma musa no direito de difamar e açoitar com seus apontamentos a deusa do Olimpo logo adiante. Totalmente sem noção e imatura. Se ela fosse mais inteligente falaria um elogio à beleza da mulher à sua frente. Mesmo à menos bonita do que ela poderia demonstrar gentileza e autoconfiança. Muitas vezes, quando a mulher compartilha com seu companheiro a beleza de outra mulher, ela praticamente se liberta da roubada em que se meteria se fizesse o contrário, porque nós homens sabemos com quem estamos, mesmo com todos os defeitinhos que percebemos ao longo da relação, mas a postura tranquila, segura e bonita nos dá mais segurança sobre nossas escolhas, ainda que percebamos que aquela a quem a companheira apontou com um comentário: "Nossa amô, olha a bunda daquela mulher! Sacanagem hein!!!", nesse momento até apreciamos a bunda da outra gata, mas nosso instinto de bajulação, veneração e paixão é disparado dentro de nós e fora de nosso controle em prol da mulher amada, mesmo que ela não seja uma namorada, esposa ou companheira; seja simplesmente uma amiga ou uma ficante. É assim que funciona. Fica a dica para vocês, mulheres, não se por como refém de suas vaidades, arrogâncias e prepotências, porque sempre se darão mal, ainda que não falemos sequer uma palavra, mas nossos pensamentos......