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http://blogdorodrigocaldeira.blogs.sapo.pt

Se trata de um diário pessoal aberto, onde as pessoas podem ler experiências pessoais de vida, de relacionamentos, reflexões psicológicas, sociais ou pessoais.

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Tenha uma relação previsível.

09.10.17, Rodrih

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Uma das coisas mais assustadoras que tem numa relação amorosa é a total falta de previsão entre as partes. Já havia dito aqui sobre o quanto a mulher é a parte que se arrebenta quando uma relação desmorona depois de muitos anos com a parte amada. No meu post "A demora que se vive na pressa que se tem" eu disse o quanto a mulher sai descompensada das relações amorosas demoradas. Os homens convivem com a parte amada, bombardeiam-na com seus costumes, devaneios, ciúme, irracionalidade, machismo e toda porcaria que só os homens conseguem fazer na vida de suas mulheres. Certamente eles não têm 100% da culpa, justamente porque elas patrocinam parte disso tudo, o que é normal, muito embora seja algo feito inconscientemente na maior parte das vezes. Então estava pensando aqui com meus botões nessa madrugada de segunda feira, sobre ter uma relação previsível poderá salvar muitas pessoas de uma vida sem futuro ao lado da outra. Eu, por exemplo, que estou só há quase dez anos desde que aconteceu meu divórcio, acredito que encontrei uma maneira de parar de perder tempo com outra pessoa numa relação com ela.Não tenho me envolvido, justamente porque não conseguia pensar que teria que viver e conviver a eternidade com a mulher, mesmo que me frustrasse em minhas expectativas com ela. Hoje tive um insight sobre isso e irei compartilhar uma postura, senão salvadora, talvez então libertadora. É lógico que tudo que envolve sexo e intimidade torna mais difícil de refazer o projeto de vida com a outra parte, mas este conceito que trago aqui é para as pessoas que estão extremamente desgastadas com relacionamentos difíceis, ou pessoas que já apanharam muito na vida amorosa, ou mesmo pessoas que perderam tempo demais ao lado de alguém sem futudo para elas. Ter uma relação previsível é determinar um dia para fazer um balanço da relação e a partir de seus resultados, aliás, da métrica estabelecida passa-se a tomar decisões libertadoras, a fim de não se perder mais tempo e ter tempo de encontrar alguém no mesmo objetivo que se tem. Há mulheres que se vêem sem rumo depois de relações de cinco, oito, dez anos e, de repente, estão sozinhas, solteiras e... mais velhas, totalmente adestradas pelas manias de seus relacionados e, consequentemente, enfraquecidas, talvez com outra forma física, outra aparência e, com certeza, frustradas, tristes e com autoestima baixa. Com isso, a outra parte, masculina, ainda que esteja mais velho e com suas formas irregulares conseguem mais rapidamente um novo relacionamento, não sentindo o mesmo impacto que sentem as mulheres nessa situação. Ter uma relação previsível significa que se possa prever seu andamento até o casamento ou a união consumada civil e socialmente. É conversar nos primeiros dias da relação os parâmetros para que se possa se relacionar minimizando o risco do impacto de uma relação demorada e sem resultados. Primeiramente não apresente a pessoa para sua família até que a relação tenha completado quatro meses. Estabeleça datas e horários futuros para uma reavaliação da relação. Marque e agende uma data de meio de semana, fora de casa, preferivelmente num restaurante ou numa praça de alimentação de um shopping, para que nem um e nem outro esteja em sua zona de conforto como casa, carro ou outro local particular. E pontue o tema de avaliação deste encontro. Por exemplo, Luísa conhece Alfredo e os dois resolvem ter uma relação amorosa. Luísa alinha e combina com Alfredo que ambos se encontrarão na praça de alimentação do shopping "Tal" para avaliarem a relação em seu sentido de "projeto de vida" na data X daqui a quatro meses. A pergunta base é: "Como estamos um com o outro, o que já crescemos  até aqui, estamos com olhos voltados para vivermos juntos, daqui a quanto tempo exatamente, tem algo que precisa ser ajustado no comportamento ou forma de se relacionarem?". Então, se dentre a resposta tiver algo como "não sei", ou "estamos nos conhecendo e precisamos de mais tempo", ou "tenho uns projetos pessoais para alcançar antes de poder te responder", então encha o peito de ar e encerre a relação, pois terá identificado um relacionamento oco, gorado, natimorto, sem futuro. Sexo pelo sexo se encontra aos montes, mas alguém com projeto de vida que inclua a parte relacionada, isso tem que ser harmônico entre as partes. Após essa conversa Luísa ouve do namorado - que ainda não foi apresentado à familia, muito embora todos saibam quem ele é, já o viram, até trocaram um cumprimento, mas nada dele jantar com os familiares dela, nem participar de eventos, festas familiares etc. - que ele está interessado em montar um projeto a dois com ela, que precisam por na ponta do lápis o papel de cada um para que tudo dê certo, as dificuldades que cada um possui na execução desse projeto e fazer uma previsão supositiva para daqui há quatro meses, para novo diálogo, num outro local de encontro. Em seguida Luísa combina com sua família e Alfredo combina com a família dele que ambos apresentarão a parte relacionada. Não necessariamente necessite que famílias se conheçam, mas que um começe a frequentar o recinto familiar do outro para absorver seus costumes, tratamento entre eles, até mesmo o comportamento do pet de estimação. Suas manias, seus valores familiares, pessoais e espirituais, etc.. Quatro meses depois se encontram com a mesma pergunta base e definem até o próximo encontro os resultados do projeto, ou, simplesmente, munido de força e muito amor-próprio encerra-se a relação para ter tempo de se curar emocional e psicologicamente do fiasco que estava se metendo, e partir para novas oportunidades futuras. Parece que é fácil, mas não é, entretanto, quando se trata de não perder tempo e tampouco não se tornar vítima de si mesmo, ter conversas francas e com a cabeça de cima poderá fazer toda a diferença. Isso é parte de um compotamenteEntão fica a observação que seguirei e recomendo que tente também, principalmente porque a vida é breve e ficar à mercê de quem não desempata nem sai do lugar é uma tremenda autossabotagem com requintes de burrice. Não tenha medo de encerrar a relação assim que perceber que não terá definições nos próximos quatro meses, dos oito meses que já se passaram, pode acreditar. E você terá perdido apenas doze meses, ou seja, um ano, sem se iludir nem se autossabotar ao lado de alguém sem perspecitiva de futuro com você.